"O orçamento de uma empresa como a TAP não é para fazer política", respondeu o advogado à deputada Fátima Fonseca, do PS, e depois a Bernardo Blanco, da IL, depois de assumir ter havido pressão do Governo relativamente ao orçamento da companhia para 2020.
Face à insistência de Bernardo Blanco, Lacerda Machado disse que o então secretário de Estado Alberto Souto de Miranda, da equipa ministerial de Pedro Nuno Santos, lhe tinha pedido para votar contra o orçamento.
"Eu disse que não o faria", acrescentou Lacerda Machado, dizendo que explicou ao Governo que a legitimidade da sua decisão "vinha da eleição em assembleia-geral", mas se o executivo entendesse apresentava a renúncia ao cargo.
O ex-administrador não executivo disse ainda que a situação "não voltou a repetir-se".
Lacerda Machado deixou a administração da TAP em abril de 2021, antes de terminar o mandato.
Segundo o Expresso, o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e Lacerda Machado "andaram meses em rota de colisão sobre a estratégia para a empresa", tendo António Costa chegado a "intervir para corrigir o ministro".
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