Em comunicado, o BCRA esclareceu que estas notas serão distribuídas progressivamente através da rede de agências bancárias no país.
"Enquanto avança o processo de digitalização dos pagamentos, esta nota de maior denominação permitirá melhorar o funcionamento das caixas automáticas e, ao mesmo tempo, otimizar a transferência de numerário", referiu o banco central.
A nota, com os retratos dos médicos Cecilia Grierson, Ramón Carillo e Carlos G. Malbrán, homenageia a ciência e a saúde pública e surge em resposta à necessidade de aumentar o valor nominal do papel-moeda do país face à inflação superior a 100%, regista a agência Efe.
Desde 2017, quando Mauricio Macri ainda estava no poder, a nota de maior denominação era a nota de 1.000 pesos que, na ocasião, equivalia a mais de 57 dólares.
Atualmente, a nota de 1.000 pesos equivale a cerca de 3,7 euros, de acordo com a taxa de câmbio oficial, sendo punida pelo aumento gradual da taxa de inflação no país.
Desde 2017 que a Argentina tem registado aumentos elevados da sua taxa de inflação, motivados pelas flutuações cambiais pela emissão monetária para financiar o tesouro.
Em 2017, o índice de preços no consumidor foi de 24,8%, em 2018 de 47,6 %, em 2019, de 53,8 %, em 2020, de 36,1 %, em 2021, de 50,9 % e em 2022, de 94,8 %.
O peso argentino começou a circular em 01 de janeiro, tendo, na ocasião, paridade com o dólar para colocar, também, fim à hiperinflação entre 1989 e 1990.
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