Afinal, o que muda nas despesas familiares com a chegada do primeiro filho? Os dados do INE, divulgados esta terça-feira, mostram que há um aumento médio de 20% das despesas no primeiro meio ano após a chegada do primeiro filho.
"A partir de integração de diferentes fontes de dados administrativos, estima-se que, em média, o nascimento do primeiro filho resulta num aumento da despesa mensal agregada em 20% nos primeiros seis meses após o nascimento quando comparado com o período anterior à gravidez", pode ler-se no relatório do INE.
Este acréscimo, explica, deve-se "essencialmente ao aumento de 52% nas despesas no sector do retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás e 9% na água".
Além disso, "observa-se também um aumento nas despesas com educação, mas contrariamente às restantes categorias, estas só aumentam no sexto mês após o nascimento".
Contudo, o "efeito final na despesa agregada pelo nascimento do primeiro filho é atenuado pela redução de despesas relacionadas com transportes e com atividades de lazer, para as quais se observa uma redução progressiva a partir do quarto mês de gravidez, atingindo o valor mínimo no mês seguinte ao nascimento do primeiro filho, recuperando daí em diante".
E mais: "Nos seis meses após o nascimento, as despesas com transportes diminuem 34% quando comparadas com o período anterior ao início da gravidez. As despesas com alojamento e restauração diminuem 31%, recuperando apenas no primeiro aniversário do filho".
Efeito médio no logaritmo da despesa mensal do agregado familiar em resultado do nascimento do primeiro filho© Reprodução do site do INE
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