O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta quarta-feira que os dados económicos mais recentes são "boas notícias" para as famílias e empresas nacionais. Sobre a inflação, Medina confia que a subida dos preços vai continuar a abrandar e revela que há preços que vão ficar mesmo mais baixos.
"São muito boas notícias para a economia portuguesa, para as famílias, para as empresas, porque mostram que 2023 será mais forte e mais sólido", disse o ministro das Finanças, em declarações à SIC Notícias.
Fernando Medina destacou a importância das exportações para o crescimento económico nos primeiros três meses do ano.
"Quero destacar também os dados da inflação que, em maio, caiu 4%. Vem a cair há vários meses e a projeção que temos é de que continue a cair ao longo dos próximos meses. A expectativa é que tenhamos vários meses com a inflação abaixo dos 3%, o que é uma notícia muito importante para as famílias", afirmou o ministro, que também apontou para o "impacto" do IVA zero.
"O IVA zero ajudou, tal como o INE destacou, sendo uma medida que teve contributo. A descida dos preços da energia também está a ter um impacto na diminuição da inflação", vincou.
"Há produtos em que os preços vão mesmo cair. Os preços vão ser mais baixos do que eram. Já estamos a sentir isso, nomeadamente na área dos combustíveis. Hoje estão objetivamente com preços mais baixos do que estiveram nas fases mais agudas e críticas. Esta descida da inflação é algo que se vai sentindo desta maneira. As pessoas vão passar a notar menos diferenças nos preços em determinados produtos. No sentido geral, estamos a caminhar para uma taxa de inflação muito diferente das que conhecíamos", acrescentou.
O Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 2,5% no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado e de 1,6% em comparação com o trimestre anterior, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nas 'Contas Nacionais Trimestrais' divulgadas hoje, o instituto estatístico manteve, assim, os valores avançados na estimativa rápida de 28 de abril.
O INE explica que "a procura interna registou um contributo nulo" para a variação homóloga do PIB no primeiro trimestre, após um contributo de 2,3 pontos percentuais no trimestre anterior.
[Notícia atualizada às 12h26]
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