Finanças autorizam garantias do Estado a Angola de mais de 500 milhões

O Governo autorizou hoje a emissão de garantias pessoais do Estado português ao Estado angolano de 592,2 milhões de euros, somando cerca de 522 milhões de euros de investimento e comissões da garantia, para três projetos em Angola.

Notícia

© Getty Images

Lusa
05/06/2023 18:56 ‧ 05/06/2023 por Lusa

Economia

Ministro das Finanças

As autorizações foram dadas em três despachos assinados pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, publicados em Diário da República, e concretizam o já anunciado hoje, em Luanda, aumento da linha de crédito para Angola.

Num dos despachos é autorizada "a garantia pessoal do Estado" às obrigações a contratar pela República de Angola, junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) "no valor global de 273.537.097,05 euros" para o projeto de mobilidade na província de Cabinda (eixo Cabinda-Miconje).

A segunda garantia tem o "valor global de 195.417.579,74 euros", no âmbito de um financiamento direto ao importador, "decorrente da execução do projeto de empreitada de reabilitação da EN 250 (troço Lumege-Cameia-Luacano-Luau) na província de Moxico".

A terceira garantia pessoal do Estado português às obrigações a contratar pela República de Angola, junto da CGD, tal como as anteriores, tem o valor global de 123.236.996,81 euros e destina-se à execução do projeto de conclusão e reparação de Autoestrada N'Zeto (Soyo).

Estas operações revestem-se de "interesse estratégico para a internacionalização da economia portuguesa e para o fomento das relações económicas com a República de Angola", fundamenta o Governo português.

As garantias são concedidas ao abrigo da convenção Portugal-Angola, relativa à cobertura de riscos de créditos à exportação de bens e serviços de origem portuguesa para Angola.

Os governos de Angola e de Portugal assinaram hoje, em Luanda, 13 acordos de cooperação bilateral, sobretudo nos domínios económico e financeiro, numa cerimónia presidida pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, e pelo primeiro-ministro português, António Costa.

Um dos acordos assinados, pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, foi precisamente o aumento da linha de crédito empresarial de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros.

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro português tinha já referido que se chegou ao número de 13 acordos entre os dois países, porque nos últimos dias a Caixa Geral de Depósitos fechou três contratos de financiamento.

Leia Também: Centeno diz que pasta de transição do Governo PSD/CDS não incluía TAP

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas