A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, explicou esta segunda-feira que o Governo procurou "salvaguardar o poder de compra dos pensionistas e garantir também a sustentabilidade do sistema", com o aumento intercalar que é pago hoje.
"Feitas as contas, os pensionistas que têm pensões mais baixas até têm um aumento de cerca de 10% na soma entre o complemento e a atualização feita em 2023", disse a ministra do Trabalho, em declarações à RTP3.
A governante explicou que a "preocupação" do Executivo passou por "garantir e apoiar a capacidade de manter e repor o poder de compra dos pensionistas, face à evolução da situação, cumprindo exatamente aquilo que está na lei das pensões e na fórmula, mas também garantir que temos aqui a capacidade de uma previsibilidade e de uma sustentabilidade que dá uma mensagem de confiança aos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho".
Ana Mendes Godinho alertou ainda para a necessidade de se valorizar os salários: "Acho que é um exercício coletivo. Temos de conseguir, cada vez mais, valorizar os salários, é mesmo peça crítica na nossa sociedade, mas também termos a capacidade de valorizar os jovens".
As pensões pagas pela Segurança Social chegam hoje à conta dos pensionistas, com o valor a refletir o aumento intercalar de 3,57% e o novo regime de retenção na fonte do IRS.
Este aumento intercalar de 3,57% das pensões foi anunciado pelo Governo em abril e vai somar-se ao aumento registado em janeiro, permitindo a aplicação integral da fórmula de atualização das pensões prevista na lei.
A nova atualização abrange as pensões de invalidez e de velhice do regime geral de segurança social e do regime de proteção social convergente, atribuídas antes de 01 de janeiro de 2023, sendo o aumento de 3,57% calculado tendo por base o valor da pensão em dezembro de 2022.
Leia Também: Quanto se recebe mais de pensão face ao final de 2022? Veja os cálculos