Na ausência de um acordo entre o patronato, que pretendia o congelamento do salário mínimo, e os sindicatos, no final de quase quatro meses de negociações infrutíferas, a comissão aprovou por votação o aumento, depois de uma reunião de várias horas iniciada na terça-feira.
A comissão é composta, em partes iguais, por representantes do setor público, do patronato e dos sindicatos.
As negociações salariais deste ano foram as mais longas desde que o atual sistema de fixação do salário mínimo foi estabelecido em 2007.
O novo aumento surge após subidas de 10,9%, em 2019, 1,5%, em 2021, 5,05%, em 2022, e 5% para este ano.
Por lei, a comissão deve apresentar o novo salário mínimo acordado ao Ministério do Trabalho sul-coreano, responsável por anunciar publicamente a medida.
Tanto os sindicatos como os empregadores podem manifestar-se contra a decisão e pedir uma revisão à comissão, desde que o próprio ministro do Trabalho dê autorização para isso, embora até agora nenhuma das partes tenha solicitado uma reavaliação.
Apesar disso, os representantes sindicais tornaram já pública a indignação face à decisão.
No início do mês, o principal sindicato do país, a Confederação de sindicatos coreana (KCTU), realizou uma greve em protesto contra a postura dos patrões e políticas laborais do Governo conservador do Presidente, Yoon Suk-yeol.
Espera-se que a decisão de hoje conduza a novas greves este verão.
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