Associação de pesca de Luanda pede restitutição de 20 mil caixas de peixe
A Associação de Pesca Artesanal, Semi-industrial e Industrial de Luanda (APASIL) pediu hoje às autoridades angolanas que ajudem a ultrapassar o impasse que envolve a retenção de 20 mil caixas de peixe de um dos seus associados.
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Economia Angola
O apelo feito pelo presidente da APASIL, Manuel Azevedo, refere-se ao consórcio FST Angola, suspeito da captura de carapau em período de defeso nos mares da província do Namibe, informação refutada pela empresa.
"Que se crie uma comissão com todos os órgãos para se aferir o que de facto se está a passar ou se passou e se de facto existe ou não esse pescado", exortou Manuel Azevedo, em declarações à imprensa numa conferência sobre economia azul.
Para Manuel Azevedo é um contrassenso que as autoridades solicitem "que esse pescado seja descarregado para o órgão que apreendeu, que nem sequer tem câmaras frigoríficas, não tem condições".
"Porque é que o armador que tem condições não fica com o produto apreendido nas suas câmaras", questionou, sublinhando que o seu associado receia também esse tipo de operação, temendo que "se introduzam elementos que possam a vir a comprometer" a empresa.
"Nesse momento, o armador, e nós, associação, solicitamos o bom senso [das autoridades], que se crie uma comissão que vai aferir caixa por caixa, espécie por espécie, de acordo com o regulamento", adiantou.
Segundo Manuel Azevedo, esta situação arrasta-se há mais de 40 dias, envolvendo quatro embarcações carregadas de pescado, com mais de 20 mil caixas de peixe, na sequência de uma denúncia "que foi feita por alguns elementos na província do Namibe".
Sobre este assunto, o diretor do gabinete provincial das Pescas e do Mar do Namibe, Piedade Guanhe, citado pela imprensa angolana, disse que que caso se prove a violação ao período de defeso, que vai de 01 de junho a 31 de agosto, o produto será revertido a favor do Estado e os seus autores responsabilizados.
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