"Combinámos que logo que o incêndio esteja controlado e entre na fase de rescaldo, as entidades, com a Câmara Municipal de Odemira, o Turismo de Portugal e as entidades governamentais, irão avaliar os danos", disse o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, em declarações à agência Lusa.
O incêndio, que deflagrou no sábado em São Teotónio, concelho de Odemira, no distrito de Beja, era ao início da tarde de hoje o mais preocupante, com uma área ardida de cerca de 7.000 hectares.
Mais de mil operacionais estão a combater o incêndio, sendo apoiados por 342 veículos e 12 meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 19:18.
Na sequência do incêndio, foram evacuadas 20 povoações do concelho e o parque de campismo de São Miguel (entretanto reaberto e sem danos), num total de 1.424 pessoas deslocadas, a maioria das quais foi retirada preventivamente do parque de campismo.
As chamas destruíram a estrutura principal do alojamento de turismo rural Teima, cuja proprietária, Luisa Botelho, disse à Lusa ter pedido ajuda, mas que ninguém apareceu.
"Pedi ajuda à GNR e aos bombeiros para nos socorrerem porque percebi que íamos arder. Tivemos de sair do espaço por volta das 13:00 de segunda-feira e à 17:30 estava desesperada sem noticias e fui por montes e vales e vi que a casa principal estava a arder e não havia um único bombeiro", explicou Luisa Botelho, em declarações à agência Lusa.
Luísa Botelho diz não entender porque não foi socorrida quando a 500 metros do local as corporações de bombeiros estiveram a proteger o hotel Enigma das chamas.
Durante os dois primeiros dias em que o incêndio lavrava no concelho de Odemira, explicou, a situação esteve mais ou menos tranquila, mas os ventos mudaram de direção e o Teima acabou por ser atingido.
José Manuel Santos disse à Lusa ter contactado a proprietária da unidade para manifestar a sua solidariedade, assegurando que após o rescaldo do incêndio as entidades irão analisar as respostas que podem ser dadas.
"Infelizmente, houve incêndios graves, mas felizmente o Turismo de Portugal já tem algumas respostas para estas catástrofes. Tem de se pensar como se pode ajudar as unidades, quer ao nível da reconstrução, quer ao nível da tesouraria", disse.
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