Governo vai reunir-se com CEO da Altice para discutir investimentos
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou hoje que se encontrará em breve com a presidente executiva e com a nova 'chairman' da Altice e, posteriormente, com o fundador do grupo para discutir os principais investimentos em Portugal.
© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Economia João Galamba
"Temos, neste momento, a reunião marcada com a CEO [presidente executiva da Altice Portugal] e 'chairman' da Altice e depois falaremos com o acionista principal. Falaremos rapidamente", afirmou, em declarações aos jornalistas, o ministro.
À margem de uma visita às oficinas da CP em Contumil, no Porto, João Galamba adiantou que é com os investimentos que o Governo está preocupado, nomeadamente, o 5G e 'data center' e "não com processos judiciais".
"Numa altura de investimentos importantes, e termos mantido este diálogo com todas as empresas, é importante aferir do grau de compromisso da Altice sobretudo nestas áreas", afirmou.
Questionado se a 'Operação Picoas', desencadeada em 13 de julho e que levou a várias detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, poderia influenciar os investimentos do grupo em Portugal, o ministro disse esperar que tal não aconteça.
"Esperemos todos que não. Trata-se de uma grande empresa que, independentemente, de vicissitudes particulares que possam acontecer em relação a um ou outro gestor, é uma empresa que transcende este ou aquele gestor e, obviamente, tem um compromisso e investimentos em Portugal", observou.
Já quanto às preocupações dos trabalhadores, Galamba disse que o Governo também as partilha.
"Partilhamos sempre a preocupação de que num processo de turbulência os direitos dos trabalhadores, a continuidade da empresa e investimentos estratégicos e determinantes para o país possam continuar. Essa é a nossa única preocupação", acrescentou.
A 'Operação Picoas' contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP). Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).
Na sequência da 'Operação Picoas', o então 'chairman' da Altice Portugal e co-CEO da Altice Europa, Alexandre Fonseca, suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, tal como o administrador da Altice Portugal, João Zúquete da Silva, que tinha a área do património.
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