"Mais de 30 mil empresas do setor privado da saúde em Portugal empregaram, de acordo com o último estudo que a Confederação Empresarial de Portugal [CIP] desenvolveu, 140 mil pessoas e pagaram remunerações superiores a 2,2 mil milhões de euros. Estas empresas geram, anualmente, um valor acrescentado de 6,3 milhões de euros e estas empresas pagaram IRC um valor superior a mil milhões de euros", afirmou Armindo Monteiro.
O presidente da CIP, que falava durante o Global Health Fórum, defendeu que o setor privado "oferece complementaridade" ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Isto não é uma disputa futebolística nem um dérbi", referiu, dizendo ser preciso "acabar com as clivagens ideológicas" que dividem os dois setores.
"É preciso haver respeito pelos investimentos do setor privado. É preciso consideração por todo o investimento que está a ser feito na área pública, mas é preciso juntar as duas áreas. Isto não é uma questão ideológica, é uma questão de sinergia", considerou.
Armindo Monteiro salientou também os desafios que enfrentam as empresas do setor privado da área da saúde face à "necessidade de responder com qualidade num forte cenário de aumento de procura e profunda inversão da pirâmide demográfica" que, salientou, "significa mais investimento e menos receita".
"Sou otimista, mas sou muito consciente. Este setor logrou atrair o melhor que temos em Portugal, as pessoas mais competentes, mais dinâmicas e inovadoras, mas é preciso perceber o que se passa à nossa volta e não basta atrair os melhores talentos para o setor, é preciso que tudo o resto acompanhe", acrescentou.
Organizado pelo Fórum Saúde XXI e pela CIMGLOBAL, o Global Health Forum arrancou na sexta-feira e decorre até hoje em Cascais, no distrito de Lisboa.
No evento são esperados mais de 200 oradores de todo o mundo e mais de 2.000 participantes.
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