Privatização não "estraga planos" de tornar TAP numa das mais atrativas

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, afirmou hoje que a privatização da companhia não "estraga os planos" de a tentar transformar numa das mais atrativas da indústria da aviação, acrescentando que vão trabalhar como se a venda não existisse.

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© Leonardo Negrão / Global Images

Lusa
02/10/2023 15:21 ‧ 02/10/2023 por Lusa

Economia

Luís Rodrigues

"A privatização não estraga os nossos planos de tentar transformar esta companhia numa das mais atrativas da indústria. Vamos fazer o caminho com as equipas, vamos tentar baixar o tom, porque, de facto, a nossa sorte é que 75% dos nossos passageiros não são portugueses, não viram a CPI [comissão parlamentar de inquérito]", afirmou o 'chairman' e presidente executivo da TAP, na sua intervenção no almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa, com o tema "TAP, e agora?".

O responsável garantiu ainda que a companhia vai trabalhar "como se não fosse haver privatização".

"Posso garantir que quem vier vai dizer 'esta malta é boa, estão-se a mexer, deixa estar, não toques, não estragues'", acrescentou Luís Rodrigues.

O responsável defendeu que a "máquina do Estado" não é compatível com uma empresa que atua num mercado concorrencial como o da aviação, embora rejeite qualquer interferência política na sua gestão.

"Zero. Não tive nenhuma pressão para fazer fosse o que fosse", garantiu Luís Rodrigues, que sucedeu a Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja na liderança da companhia aérea, na sequência da polémica indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, que levou o Governo a exonerá-los, alegando justa causa.

Quanto ao futuro, o 'chairman' e presidente executivo assegurou que os resultados da TAP, que obteve um lucro de 22,9 milhões de euros no primeiro semestre, vão continuar a ser bons.

"Estamos a viver um bom momento. [...] Os próximos 20 anos, com ou sem privatização -- de preferência, com - prevejo como muito saudáveis para a TAP e para a economia por arrasto", sublinhou.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que enquadra as condições para a privatização da TAP.

O Governo pretende ter o caderno de encargos pronto até ao final do ano, ou início do próximo, e o processo de venda concluído ainda no primeiro semestre de 2024.

Os três maiores grupos europeus de aviação -- Lufthansa, Air France-KLM e IAG -- já admitiram concorrer à privatização da companhia aérea portuguesa.

[Notícia atualizada às 16h27]

Leia Também: Decisão de privatizar a TAP é "afronta aos trabalhadores", diz a CGTP

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