As pensões deverão aumentar entre 6,2% para os valores mais baixos e 5,2% para as reformas de valor mais elevado, no próximo ano, disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, na quarta-feira.
Ana Mendes Godinho falava em conferência de imprensa para apresentar o Orçamento da Segurança Social para 2024, no Ministério do Trabalho, em Lisboa.
Quanto vão aumentar as pensões?
Segundo a governante, os dados provisórios apontam para aumentos de:
- 6,2% para pensões até cerca de 1.020 euros;
- 5,8% para reformas entre cerca de 1.020 euros e 3.061 euros;
- 5,2% para pensões superiores a este ultimo valor.
Ana Mendes Godinho referiu que estes são valores provisórios, que serão depois confirmados com as últimas projeções que têm impacto no cálculo previsto na lei, nomeadamente a inflação e o crescimento económico.
Qual o impacto destes aumentos?
A atualização das pensões terá um impacto de "mais de 2.200 milhões de euros", disse a ministra.
No primeiro escalão das reformas estão cerca de 2,5 milhões de pensões, enquanto ao segundo escalão corresponde cerca de um milhão de reformas e no último cerca de 100 mil, explicou a ministra.
Exemplos práticos
Segundo exemplificou, uma pensão de 500 euros em 2023 terá um aumento de cerca de 31 euros por mês, enquanto uma pensão de 1.000 euros uma atualização em cerca de 62 euros.
"Isto significa que, em termos de aumento das pensões, desde 2015, a evolução das pensões representa um aumento de 29,4% da pensão média", realçou a ministra.
Ana Mendes Godinho disse ainda que espera que a comissão que foi criada para avaliar a sustentabilidade da Segurança Social e outras fontes de financiamento deverá entregar o seu relatório em janeiro.
Questionada sobre se a fórmula de cálculo da atualização das pensões poderá mudar em 2025, a ministra disse que vai esperar pelas conclusões da comissão.
"Em relação à formula, o nosso objetivo é manter a confiança no sistema, naturalmente aguardamos as conclusões da comissão, que pediu mais tempo para avaliar (...), aguardamos para ter o relatório e tomarmos as decisões", respondeu.
Leia Também: Aumento médio das pensões em 6,2% é o "maior de sempre"