Força da inflação leva Wall Street a inverter tendência e fechar em baixa
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje fechou em baixa, depois de ser conhecido um relatório sobre o crescimento de preços nos EUA mais sustentado do que previsto, o que fez subir os rendimentos obrigacionistas em prejuízo das ações.
© Getty Images
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,51%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,63% e o S&P500 recuou 0,62%.
Wall Street tinha aberto em alta, mas mudou de direção, depois de conhecer a notícia de uma inflação mais forte do que esperada.
A subida dos preços permaneceu em 3,7%, em termo anuais, em setembro, segundo o índice CPI publicado pelo Departamento do Trabalho.
Esta taxa desiludiu os analistas, que esperavam 3,6%, segundo a estimativa consensual da MarketWatch.
Mas, em termos mensais, os preços baixaram pela primeira vez desde maio, para 0,4%, mais do que esperado, não obstante, depois de 0,6% em agosto.
A alteração dos índices, que têm somado sessões positivas desde sexta-feira, "ocorreu devido à inflação e às taxas de juro", explicou Jack Ablin, especialista em estratégia de investimento, na Cresset.
"A inflação saiu acima das expectativas e o rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos avançou cinco pontos de base", resumiu o analista.
Contudo, admitiu que este número da inflação não é suficientemente forte "para mudar as opiniões q8e existem sobre a Reserva Federal (Fed), mas é algo dececionante".
Os rendimentos das obrigações do Tesouro a 10 anos regressaram à tendência de subida, atingindo os 4,70%, depois dos 4,55% da véspera. Os títulos a dois anos voltaram a superar os cinco por cento.
Para a reunião do comité monetário da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), o consenso dos analistas aponta para a manutenção das taxas de referência pela segunda vez consecutiva.
A questão para a Fed não é apenas saber até onde sobe a taxa de referência, mas quanto tempo deve mantê-las a este nível elevado, revelaram as minutas da última reunião, reveladas na quarta-feira.
O analista da Cresset avançou ainda que o ataque sangrento do Hamas e as represálias de Israel ensombraram os ânimos, mas não influenciaram os investidores.
Na sexta-feira vão ser "conhecidos os anúncios de resultados bancários e na semana seguinte os de várias empresas de consumo". realçou Ablin. "Isto deve dar uma boa ideia do estado de saúde do consumidor, fator chave para a direção do mercado", acrescentou.
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