Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados relativos aos primeiros nove meses deste ano, o presidente executivo do BCP, não quis alongar-se sobre a política de dividendos -- que é discutida pelo Conselho de Administração e tem de ser votada em Assembleia Geral -, adiantado apenas que a "única nota" que faz sobre este tema é que "seguramente que o esforço de não pagar dividendos que foi um esforço muitíssimo importante que os acionistas efetuaram que está no pretérito".
"Não conto ter de pedir novamente aos acionistas qualquer esforço nessa matéria" disse, sinalizando que o banco "já se encontra já bastante capitalizado", tem hoje "uma situação normalizada" e tem os níveis de capital considerados "robustos e adequados" para os desafios que tem pela frente.
Ressalvando a prudência a que a conjuntura internacional obriga (por causa da guerra na Ucrânia ou do conflito no Médio Oriente), sublinhou, no entanto, não considerar, "em nenhuma circunstância, neste momento" pedir novamente "um esforço tão grande" como aquele que "foi pedido no ano passado."
Em resposta a uma questão sobre a política de dividendos do banco, o presidente executivo do BCP referiu ainda que no plano estratégico do banco "o tema do pagamento dos dividendos está claríssimo", que "é normal pagar dividendos".
O BCP teve lucros de 650,7 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais de sete vezes os 89,8 milhões de euros registados no mesmo período de 2022.
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