Em declarações no final da reunião em que 14 dos 17 municípios do Conselho Metropolitano do Porto deram a sua aprovação, o líder da AMP afirmou: "esta batalha foi conquistada e acredito mesmo que é a grande revolução do sistema de transportes da área metropolitana, porque vai dar uma estabilidade financeira e técnica que a AMP, por si só, não tem, e que a empresa metropolitana de transportes vai ter".
"Hoje foi finalmente aprovado um documento histórico que leva à criação, em termos estatutários e financeiros da empresa metropolitana de transportes", começou por dizer Eduardo Vítor Rodrigues sobre um processo que "decorria há cerca de um ano e meio, com muitos sobressaltos, muitas dúvidas e muita discussão".
Para este desfecho, apontou, foi "muito importante contar com os municípios menos bem servidos, mais da segunda periferia metropolitana, que, na verdade, têm uma rede de transportes frágil e que assumem a sua participação, mas foi também muito importante contar com municípios como Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo e Maia, que já estão servidos do ponto de vista de transportes a partir da âncora que é o STCP [Serviços de Transportes Coletivos do Porto] e, mesmo assim, aceitaram fazer este alargamento que é muito importante do ponto de vista do sistema de rede de transportes e da participação financeira".
"Estas coisas são sempre difíceis, somos 17, a mim compete-me não propriamente pressionar, mas negociar, levar ao diálogo, fazer perceber que a verdade não está num lado ou no outro", continuou o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Retomando o tema das disputas entre os "municípios grandes, que têm um bom sistema de transportes, e os pequenos, que não têm serviço de transporte e depois querem meter tudo na mesma empresa", o autarca assinalou ser importante dizer "que os grandes municípios serão os contribuintes líquidos para que os pequenos passem a ter um melhor serviço de transportes".
Sobre a tramitação, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que o processo hoje aprovado segue agora para o Tribunal de Contas: "vamos admitir quatro meses (...) para o visto, se tudo correr normalmente, depois é implementar, criar", disse.
A terminar, o autarca chamou a atenção para o facto de que a empresa agora criada "vai ser o único instrumento disponível para os financiamentos que aí vêm para a renovação de frotas e da bilhética".
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