Nova central. Moçambique quer cortar 70% de importações de gás de cozinha

O ministro dos Recursos Minerais e Energia moçambicano disse hoje que o país vai reduzir em 70% a importação de gás de cozinha, a partir de 2024, com a entrada em funcionamento de uma central na província de Inhambane.

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Lusa
03/11/2023 15:24 ‧ 03/11/2023 por Lusa

Economia

Moçambique

"Está tudo a ser feito para que esse projeto também esteja pronto até 2024", com uma projeção para "produzir cerca de 30 mil toneladas de gás de cozinha, o que irá reduzir em cerca de 70% os níveis de importação", afirmou Carlos Zacarias.

Zacarias falava em declarações aos jornalistas, após visitar a Central Térmica de Temane (CCT), no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, sul de Moçambique.

Aquele governante avançou que o gás de cozinha será um dos produtos de uma outra central que está a ser construída pela multinacional sul-africana Sasol, no âmbito do projeto do Acordo de Partilha de Produção (PSA, na sigla em inglês).

O gás de cozinha (tecnicamente designado por Gás de Petróleo Liquefeito) será uma fração dos 23 milhões de gigajoules projetados pelo PSA, de acordo com dados da Sasol.

Priscillah Mabelane, vice-presidente da Sasol, disse aos jornalistas que a PSA está orçada em mais de 700 milhões de dólares (cerca de 654 milhões de euros).

Uma parcela importante da quantidade que vai ser produzida pelo projeto PSA será destinada à CTT, que vai gerar 450 megawatts de energia elétrica, tornando-se na maior central elétrica a gás em Moçambique.

"Um ponto particular que queríamos enfatizar sobre a CTT é que vai produzir 450 megawatts" que serão fornecidos "ao país e, naturalmente, a outros clientes", avançou Carlos Zacarias, após visitar os referidos empreendimentos.

A CTT está orçada em 650 milhões de dólares (mais 606 milhões de euros) de acordo com dados da Globeleq, multinacional com participação maioritária na infraestrutura.

Leia Também: Empresários moçambicanos defendem penas "mais severas" para travar raptos

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