Citado pela agências EFE e Europa Press, Roig pediu à classe política espanhola tranquilidade e que "não ponha obstáculos nas rodas", ao mesmo tempo que alertou para uma divisão entre os espanhóis "que não é nada boa nem para a economia nem para Espanha".
Roig fez estas declarações antes da sua intervenção num fórum sobre o Corredor do Mediterrâneo, realizado hoje em Madrid, coincidindo com o debate sobre a investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro no parlamento espanhol.
Roig afirmou que os empresários e os trabalhadores "são os que geram riqueza no país e postos de trabalho" e insistiu que é necessário "um quadro de estabilidade".
"Se tivéssemos este mesmo problema que temos em Espanha, em Portugal, onde o Mercadona está em plena expansão, abrandaríamos os investimentos, e isso não pode acontecer", adiantou.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi o segundo mais votado nas eleições legislativas de 23 de julho e Sánchez foi investido primeiro-ministro com o apoio de uma 'geringonça' de formações de esquerda e direita, regionalistas, nacionalistas e independentistas.
Os acordos que o PSOE assinou com os dois partidos catalães têm estado no centro de polémica e protestos, por incluírem uma amnistia para as pessoas envolvidas no movimento independentista da Catalunha entre 2012 e 2023, que teve como auge uma declaração unilateral de independência em outubro de 2017.
A amnistia é contestada pela direita e por diversas entidades e setores, incluindo associações de juízes e procuradores, que alertaram para a possibilidade de um ataque ao princípio da separação de poderes, à independência da Justiça e ao estado de direito.
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