Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) disse que o Banco Santander Totta reviu as pensões de reformados bancários, passando a adotar o princípio da proporcionalidade direta, como tem vindo a ser decidido pelos tribunais.
"O SNQTB saúda o Banco Santander Totta pelo procedimento adotado, fazendo justiça aos bancários reformados que o serviram durante décadas de forma leal e dedicada", disse o presidente do SNQTB, Paulo Marcos, citado em comunicado, considerando que agora "é tempo que Novo Banco, Montepio e o Banco BPI adotem o mesmo procedimento".
Este sindicato explicou que a correção foi feita no pagamento de novembro e que o Santander fez retroagir os efeitos a` data do início do pagamento da pensa~o extra. Já nas "situações em que resulte uma pensão extra menor do que a que foi inicialmente calculada por separado, o banco não fará retroagir essa aplicação, procedendo apenas a` alteração a partir do mês de novembro", lê-se ainda no comunicado.
Também hoje, em comunicado, os sindicatos bancários afetos à UGT disseram que o Santander Totta finalmente "adere à tese dos sindicatos" e reconhece "a 'regra de 3 simples' na distribuição da pensão de reforma a cargo da Segurança Social -- ou seja, que todo o tempo de descontos, tenha sido por trabalho prestado fora ou dentro da banca, vale de igual forma".
Mais Sindicato, SBN -- Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal e SBC -- Sindicato dos Bancários do Centro acrescentam que, apesar da comunicação do Santander "se referir especificamente à questão da 'regra de 3 simples', aguardam com expectativa que o mesmo princípio seja aplicado aos reformados do ex-Totta que prestaram trabalho fora da banca e cujas carreiras contributivas vão além dos 40 anos".
Estes sindicatos dizem ainda que, sendo esta decisão apenas do Santander, se mantêm os processos judiciais contra os bancos que não aplicam esta regra, Montepio, BPI e Novo Banco.
Os sindicatos representaram os seus associados em centenas de ações nos tribunais contra Santander, Novo Banco, BPI e Montepio por considerarem que há cálculos errados em reformas da Segurança Social, no caso de reformados que descontaram para este regime fora e dentro do setor bancário. Para os sindicatos, a forma como alguns bancos calculam a pensão significa um corte na pensão.
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