Os resultados definitivos indicam que o Dow Jones Industrial Average ganhou 1,47% e o alargado S&P500 avançou 0,38%, enquanto o alargado Nasdaq perdeu 0,23%.
No conjunto do mês, o Dow Jones e o S&P500, o mais representativo do mercado bolsista, valorizaram mais de oito por cento e o tecnológico cerca de 10%.
Novembro revelou-se o melhor mês desde julho de 2022 para o S&P500 e o Nasdaq, ao passo que o Dow Jones exibe o melhor desempenho mensal desde outubro de 2022.
Mas hoje o setor tecnológico não seguiu o entusiasmo do Dow, acusando os números da inflação norte-americana.
Apesar de a subida dos preços ter continuado a diminuir em outubro nos EUA, caindo para três por cento em termos anuais, dos 3,4% em setembro, segundo o índice PCE, que é privilegiado pela Reserva Federal (Fed).
Em termos mensais, os preços permaneceram estáveis em novembro (0,0%), depois de um aumento de 0,4% no mês anterior.
Mas a inflação subjacente, que não considera alimentação e energia, à qual a Fed também dá muita atenção, continua forte.
Em outubro, a taxa de inflação mensal foi de 0,2% e a homóloga de 3,5%, "o que ainda continua bem acima do objetivo dos dois por cento da Fed", realçou Patrick O'Hare, da Briefing.com.
A inflação, "felizmente, vai na boa direção, mas não de uma maneira que leve a pensar que a Fed vai reduzir a taxa em breve", acrescentou.
Ora, as sociedades tecnológicas são muito sensíveis à taxa de juro, cuja subida encarece os seus investimentos e prejudica as suas projeções de lucros.
"Penso que ficámos ligeiramente dececionados com os números da inflação. Os rendimentos obrigacionistas subiram, o que foi suficiente para arrefecer o entusiasmo do setor tecnológico", interpretou Jack Ablin, da Cresset, à AFP.
A forte subida dos preços das obrigações do Tesouro, que aconteceu em novembro, "começa a fatigar", acrescentou o analista, que sublinhou que esta recuperação das obrigações [que vai de par com um recuo dos seus rendimentos] "foi um dos mais fortes desde há 20 anos".
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