"Acreditamos que a educação é um dos principais motores de crescimento e de desenvolvimento e queremos estar próximo às comunidades em que estamos, fazemos isso em vários países, fazemo-lo em Moçambique, com particular empenho e com particular gosto, porque vemos que há aqui um caminho a fazer", disse à Lusa Maria João Rodrigues, administradora financeira da Galp.
A responsável falava após um encontro em Maputo com estudantes beneficiários do projeto "O Teu Futuro", desenvolvido pela Organização Não-Governamental (ONG) portuguesa Helpo e que prepara alunos para o ingresso no ensino superior e que conta com o apoio da petrolífera.
Como empresa, a Galp só poder operar com sucesso se as comunidades das áreas geográficas em que está instalada "estiverem bem", prosseguiu: "Acreditamos que ser uma boa empresa implica ser um bom cidadão corporativo e pensar no futuro do que temos à nossa volta".
Referindo-se à ajuda ao projeto "O Teu Futuro", notou que a educação é o motor de crescimento e de desenvolvimento, que gera maior benefício quando é mais inclusivo e equitativo.
"Acreditamos que a solidariedade, a igualdade e o futuro se constroem dando a estes jovens a oportunidade de fazerem o seu caminho", enfatizou.
Maria João Rodrigues elogiou a forte adesão de meninas ao projeto, sublinhando que se trata de um passo importante para a correção dos desequilíbrios de género no acesso ao ensino e da marginalização social e económica da rapariga.
"A equidade de género é um desafio e é um desafio que estas meninas sentem na pele", o que torna "um ato de coragem, ato de bravura elas quererem fazer o seu caminho", frisou.
A administradora financeira da Galp também elogiou a apetência pelas ciências naturais e áreas tecnológicas manifestada pelas meninas com quem conversou em Maputo, observando que se trata de domínios historicamente inacessíveis para a mulher, uma realidade que deve ser corrigida.
O projeto "O Teu Futuro", da responsabilidade da Helpo, beneficiou 52.145 alunos desde o seu arranque em novembro de 2022.
A iniciativa, avaliada em 345.871 euros, assenta fundamentalmente em ações de preparação dos alunos visando o seu ingresso nas instituições de ensino superior.
O projeto está a ser executado nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, norte de Moçambique, e na cidade de Maputo, sul do país.
A Galp dispõe de uma rede de venda de combustível em vários pontos de Moçambique e detém uma participação de 10% no consórcio da Área 4 da Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, que opera uma unidade flutuante para a liquefação de gás natural (FLNG).
A Eni é a operadora da Área 4, com uma participação indireta de 50%, através da Eni East Africa, a qual detém uma participação de 70% na Área 4.
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