Os analistas acreditam que 2024 pode trazer melhores notícias para quem tem crédito à habitação, em especial a partir do segundo semestre do ano.
"As famílias, nas próximas revisões, ainda certamente irão sentir um acréscimo da sua prestação mensal com o crédito à habitação, mas a partir do segundo semestre de 2024, muito certamente vão começar a sentir este alívio das prestações. Obviamente também dependente da evolução das taxas nos próximos meses", disse Nuno Rico, economista da DECO Proteste, em declarações à SIC Notícias.
Além disso, quem tem contratos indexados às Euribor a três e seis meses vai sentir um alívio das prestações mais depressa, "porque os contratos são revistos mais rapidamente".
Depois do aperto da política monetária para controlar a inflação, que levou o BCE a subir as taxas de juro e as prestações dos créditos à habitação a taxa variável a dispararem, os analistas esperam que a instituição liderada por Christine Lagarde mantenha para já as taxas de referência, mas ao longo de 2024 avance mesmo com uma descida.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
A última reunião do BCE deste ano realizou-se na semana passada, com a instituição a decidir uma manutenção das taxas de juro, tal como o mercado esperava.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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