Os imigrantes contribuíram com 1.861 milhões de euros para a Segurança Social no ano passado e beneficiaram de cerca de 257 milhões de euros em prestações sociais, o que significa que deram sete vezes mais do que receberam, de acordo com dados do Observatório das Migrações.
"Na vertente da inserção laboral, os imigrantes assumem um papel fundamental na eficiência dos mercados de trabalho, sendo claro que sem os imigrantes alguns setores económicos e atividades entrariam em colapso", pode ler-se no relatório.
A notícia, refira-se, foi avançada pelo Público, dando conta que, em 2021, as contribuições dos estrangeiros para a Segurança Social tinham chegado aos 1.293,2 milhões de euros. Em 2022, os estrangeiros contribuíram com 1.861 milhões de euros à Segurança Social e só beneficiaram de cerca de 257 mil euros.
"Mantendo essencialmente tendências de anos anteriores, verifica-se que na maioria dos países europeus de acolhimento de imigrantes, entre os quais Portugal, os estrangeiros apresentam taxas de atividade superiores aos nacionais (neste âmbito Portugal surge na quinta posição dos países da UE27 onde os estrangeiros têm mais elevada taxa de atividade, 76,9% em 2022, representando +18,7pp que o verificado nos nacionais portugueses nesse ano)", pode ler-se no mesmo relatório.
É ainda referido que a "maioria dos trabalhadores estrangeiros encontra-se associada a atividades económicas de alojamento, restauração e similares (15,8% dos trabalhadores estrangeiros em 2021, representando nesse ano +9 pontos percentuais que o observado nos trabalhadores portugueses) e atividades económicas administrativas e dos serviços de apoio (22,2% em 2021, representando +14pp que o observado nos portugueses)".
O número de estrangeiros em 2022 em Portugal era de 800 mil, o dobro de há 10 anos, um em cada três vive em risco de pobreza e já foi atribuída nacionalidade a meio milhão nos últimos 15 anos.
Num retrato da "população estrangeira e dos fluxos migratórios em Portugal", por ocasião do Dia Internacional das Migrações que se assinala hoje, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, procurou avaliar o número e as condições de vida dos imigrante ou a evolução das concessões de nacionalidade e de títulos de residência.
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