No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
A demissão do diretor do Dinheiro Vivo (DV), Bruno Contreiras Mateus, em 14 de dezembro, aumentou para 11 o número de demissões em cargos de direção no grupo, juntamente com as cinco do Jornal de Notícias (JN), duas no jornal desportivo O Jogo e três, em 12 de dezembro, na TSF.
No domingo, os trabalhadores do JN, cujos despedimentos afetarão cerca de 40 pessoas, garantiram que vão recorrer a todos os meios legais e judiciais para defender os seus direitos. No caso da TSF, o número de postos afetados ronda os 30.
Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) fez uma exposição à Inspetora Geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), solicitando a intervenção da entidade na fiscalização de "várias irregularidades" no grupo de media, que detém ainda o Diário de Notícias (DN), entre outros títulos.
Na sexta-feira, 15 de dezembro, a administração da GMG informou que o Banco Atlântico Europa suspendeu o acesso à conta e reteve as receitas da Vasp, "invocando o impacto mediático" da reestruturação, o que impediu o pagamento aos prestadores de serviços.
Num comunicado a que a Lusa teve acesso, a Comissão Executiva da GMG adiantava que estava "a envidar as diligências necessárias para que os pagamentos em falta sejam efetuados já no decorrer da próxima semana".
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