O Ministério das Finanças sublinhou, na quinta-feira, que a taxa de inflação está no valor mais baixo dos últimos anos, reagindo assim aos dados mais recentes, de dezembro, que indicam que esta taxa se cifrou em 1,4%.
"A inflação desce pelo quarto mês consecutivo, registando em dezembro 1,4%, o valor mais baixo dos últimos dois anos", disse a tutela, numa publicação partilhada na rede social Twitter.
O gabinete de Fernando Medina adiantou ainda que a "taxa de inflação de 2023 fixou-se nos 4,3%, valor que fica abaixo dos 4,6% previstos pelo Governo no Orçamento do Estado para 2023".
A taxa de inflação homóloga baixou para 1,4% em dezembro de 2023, 0,1 pontos percentuais abaixo de novembro, fixando-se a variação média de 2023 nos 4,3%, contra 7,8% em 2022, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A #inflação desce pelo quarto mês consecutivo, registando em dezembro 1,4%, o valor mais baixo dos últimos dois anos.
— Finanças (@pt_financas) January 11, 2024
A taxa de inflação de 2023 fixou-se nos 4,3%, valor que fica abaixo dos 4,6% previstos pelo Governo no Orçamento do Estado para 2023. pic.twitter.com/gqZNQ3vUAo
Com arredondamento a uma casa decimal, as taxas de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) avançadas pelo INE na quinta-feira confirmam os valores da estimativa rápida divulgada em 29 de dezembro de 2023.
Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a variação homóloga foi 2,6% em dezembro (2,9% no mês anterior) e a taxa de variação média em 2023 situou-se em 5,0% (5,6% no ano anterior).
"A diminuição da taxa de variação do IPC entre 2022 e 2023 foi influenciada pelo comportamento dos produtos energéticos com uma variação média anual de -9,0% (23,7% no ano anterior) e pela desaceleração da inflação subjacente e dos produtos alimentares não transformados, que registaram variações médias anuais de, respetivamente, 5,0% e 9,5% (5,6% e 12,2% em 2022)", refere o INE.
No ano passado observou-se um decréscimo na variação média anual dos preços dos bens e um "ligeiro aumento" nos serviços, tendo os preços dos bens aumentado 4,1% (10,2% em 2022) enquanto a taxa de variação média dos preços dos serviços foi 4,6% (4,3% no ano anterior).
O instituto estatístico nota que a taxa de variação homóloga do IPC total "evidenciou uma trajetória de descida ao longo do ano, destacando-se os meses de abril e maio, com abrandamentos de 1,7 pontos percentuais".
Esta desaceleração do IPC "verificou-se na maioria das categorias de produtos, refletindo o efeito base associado ao aumento de preços em 2022, a diminuição dos preços dos bens energéticos e a isenção do IVA aplicada a alguns bens alimentares essenciais a partir de maio", explica.
Considerando apenas o mês de dezembro de 2023, o INE detalha que a variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos se fixou em -10,5% (-12,4% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 2,0% (variação de 3,5% em novembro).
Em termos mensais, o IPC apresentou uma variação de -0,4% em dezembro, contra -0,3% no mês anterior e em dezembro de 2022.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação média de 5,3% em 2023 (8,1% no ano anterior) e uma taxa de variação homóloga de 1,9% em dezembro, 0,3 pontos percentuais abaixo de novembro de 2023 e inferior em 1,0 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em novembro de 2023, esta diferença foi de 0,2 pontos percentuais).
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 3,1% em dezembro (3,6% em novembro), inferior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 3,9%).
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