Angolana Endiama arrecadou 1,3 mil milhões com a produção de diamantes

A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) produziu cerca de 9,8 milhões de quilates de diamantes em 2023 e arrecadou 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros), anunciou hoje a administração.

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Lusa
17/01/2024 15:34 ‧ 17/01/2024 por Lusa

Economia

diamantes

 

De acordo com o presidente do conselho de administração da Endiama, José Ganga Júnior, a produção de diamantes em 2023 registou um défice de 2,63 milhões de quilates face ao inicialmente programado.

"O défice foi particularmente acentuado no terceiro e quarto trimestres de 2023 devendo-se a constrangimentos no arranque da central de tratamento da Sociedade Mineira do Luele bem como a redução dos níveis de produção de alguns projetos", refere-se no balanço de atividades de 2023, apresentado hoje pelo responsável.

Segundo o documento, apresentado em conferência de imprensa alusiva aos 43 anos da diamantífera estatal angolana, criada em 15 de janeiro de 1981, limitações na aquisição de cambiais para a importação de equipamentos foram ainda outros constrangimentos verificados no período.

Pelo menos 54 projetos diamantíferos encontram-se atualmente em prospeção em Angola (34 em operação, 20 em reestruturação), sendo 10 primários e 44 secundários.

Em produção encontram-se 24 projetos, nomeadamente quatro primários e 20 secundários. Estão em funcionamento 68 projetos de exploração semi-industrial distribuídos nas províncias do Bié, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje e Uíje.

Em declarações aos jornalistas, José Ganga Júnior, afirmou que, para 2024, a empresa que dirige estima produzir 14,6 milhões de quilates e prevê uma receita bruta de cerca de 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) em vendas.

O responsável deu a conhecer também que o país vai ganhar uma nova fábrica de lapidação de diamantes ainda no mês de janeiro, que deve ser inaugurada na província angolana da Lunda Sul, a que se junta às oito já em funcionamento.

A Endiama deve apostar, no exercício económico 2024, em consolidar a sua posição enquanto empresa mineira de referência a nível nacional e internacional e consolidar os processos internos de compliance.

Atualizar as reservas dos projetos mineiros, dinamizar os trabalhos de prospeção para o aumento de reservas e concluir o processo de agrupamento das cooperativas constam entre as perspetivas da empresa para 2024.

Leia Também: FITUR com 9.000 empresas de 152 países incluindo 116 de Portugal

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