As importações totais de petróleo bruto russo pela China ascenderam a 107,02 milhões de toneladas métricas, o equivalente a 2,47 milhões de barris por dia (bpd), tornando o país eslavo o principal fornecedor de petróleo da China pelo segundo ano consecutivo.
Este aumento significativo das importações de crude russo posiciona a Rússia como o principal fornecedor de petróleo da China, deixando para trás a Arábia Saudita, que registou um declínio de 1,8% nas suas exportações de crude para a China, para 85,96 milhões de toneladas métricas.
A China importou da Rússia 19% do petróleo bruto utilizado no país.
No total, as importações de petróleo do país asiático em 2023 ascenderam a 563,99 milhões de toneladas métricas, o equivalente a 11,28 milhões de bpd.
Nos últimos anos, empresas estatais chinesas como a Sinopec e a Zhenhua Oil aumentaram as compras de petróleo russo, atraídas por grandes descontos, depois de as sanções impostas a Moscovo devido à invasão da Ucrânia terem comprometido as suas exportações para a Europa.
O comércio bilateral entre os dois países atingiu níveis recorde, ultrapassando o objetivo de 200 mil milhões de dólares "antes do previsto", anunciou o Presidente chinês, Xi Jinping, numa mensagem de felicitações dirigida ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, no dia 31 de dezembro, no que os dois líderes consideram ser uma "parceria sem limites".
A China tem sido criticada pela sua parceria estratégica com a Rússia e por não condenar a invasão da Ucrânia, mas apesar das tensões geopolíticas, o país asiático continua a reforçar os seus laços energéticos com a nação vizinha.
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