Às 10h30 locais (02h30, em Lisboa), as ações da Evergrande caíam 20,87%, as da filial de veículos elétricos, a Evergrande NEV, 18,21%, e as da filial de gestão imobiliária, Evergrande Property Services, 2,5%.
As ações da Evergrande estão atualmente a ser negociadas a 16 cêntimos de dólar de Hong Kong (0,02 euro) cada, uma queda de quase 99,5% em relação ao seu pico de 31,55 dólares de Hong Kong (3,72 euros), em outubro de 2017.
Antes da audiência em tribunal, as ações já tinham sofrido quedas acentuadas de dois dígitos devido a notícias de que a última ronda de negociações entre a Evergrande e os seus credores estrangeiros tinha terminado em fracasso, com estes últimos a juntarem-se à petição de liquidação contra o promotor.
"A audiência já dura há um ano e meio e a empresa ainda não apresentou uma proposta de reestruturação concreta. Penso que é altura de o tribunal dizer basta", declarou hoje a juíza Linda Chan, encarregue do processo, decidindo a favor dos credores.
Espera-se que seja nomeado um administrador judicial provisório para a Evergrande já hoje, embora os analistas duvidem que seja reconhecido na China continental, onde o grupo tem a maior parte dos seus ativos.
A Evergrande, que acumula um passivo de quase 330 mil milhões de dólares (304 mil milhões de euros), entrou em incumprimento há dois anos, depois de ter sofrido uma crise de liquidez devido às restrições impostas pela China ao financiamento de construtoras altamente endividadas.
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