Agora, maioria desiste de mudar de casa... por causa do preço (e antes?)

Se antes o principal motivo para os portugueses desistirem de comprar ou arrendar uma casa era não encontrar o que procuravam, atualmente o grande motivo é mesmo o preço.

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Notícias ao Minuto
08/02/2024 10:11 ‧ 08/02/2024 por Notícias ao Minuto

Economia

Habitação

A maioria das desistências de procura de casa deve-se ao preço (55%), quando antes estava relacionada com o facto de não se encontrar a casa pretendida (42%), de acordo com o Observatório do Imobiliário, divulgado esta quinta-feira pela Century 21.

"Se, em 2018, o principal motivo para os portugueses desistirem de comprar ou arrendar uma casa era não encontrar o que procuravam, atualmente o grande motivo tem sido o preço. 55% dos requerentes que desistiram da compra ou arrendamento foram motivados por razões financeiras. Seguem-se 23% para quem não foi a melhor altura e 18% não encontrou o que procurava", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Esta tendência, refira-se, "mantém-se quando olhamos para a Área Metropolitana de Lisboa", já que "51,2% dos indivíduos não compram nem alugam devido ao preço da habitação".

"A principal razão pela qual as pessoas optam por não adquirir uma casa, quer seja arrendada ou comprada, é o fator económico. Em segundo lugar, destaca-se o facto de não ser a altura certa para comprar um imóvel, atingindo 27,9%", é ainda referido. 

Por cá, os apartamentos T2 e T3 continuam a ser as tipologias predominantes entre a procura e a oferta, mas a maioria procura um T3 para comprar ou arrendar e tem que optar por um T2.

"Além disso, as áreas são menores e as escolhas acabam por ter de recair mais em apartamentos para não se esgotar o orçamento atribuído. O preço real fica 4% abaixo do valor que os portugueses acreditam que podem pagar e a renda é semelhante", conclui o mesmo estudo. 

E mais: "Verifica-se ainda que é necessário fazer ajustes em termos de prioridades relativamente às comodidades da casa, às valências da zona envolvente e das condições. Destaca-se a crescente importância de pátios e jardins".

O estudo revela ainda que "há maior apetência para mudar de cidade (19% para 25%), especialmente entre 30-39 anos" e que as "moradias isoladas cativam mais procura (28% para 37%)". 

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