A maioria das desistências de procura de casa deve-se ao preço (55%), quando antes estava relacionada com o facto de não se encontrar a casa pretendida (42%), de acordo com o Observatório do Imobiliário, divulgado esta quinta-feira pela Century 21.
"Se, em 2018, o principal motivo para os portugueses desistirem de comprar ou arrendar uma casa era não encontrar o que procuravam, atualmente o grande motivo tem sido o preço. 55% dos requerentes que desistiram da compra ou arrendamento foram motivados por razões financeiras. Seguem-se 23% para quem não foi a melhor altura e 18% não encontrou o que procurava", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Esta tendência, refira-se, "mantém-se quando olhamos para a Área Metropolitana de Lisboa", já que "51,2% dos indivíduos não compram nem alugam devido ao preço da habitação".
"A principal razão pela qual as pessoas optam por não adquirir uma casa, quer seja arrendada ou comprada, é o fator económico. Em segundo lugar, destaca-se o facto de não ser a altura certa para comprar um imóvel, atingindo 27,9%", é ainda referido.
Por cá, os apartamentos T2 e T3 continuam a ser as tipologias predominantes entre a procura e a oferta, mas a maioria procura um T3 para comprar ou arrendar e tem que optar por um T2.
"Além disso, as áreas são menores e as escolhas acabam por ter de recair mais em apartamentos para não se esgotar o orçamento atribuído. O preço real fica 4% abaixo do valor que os portugueses acreditam que podem pagar e a renda é semelhante", conclui o mesmo estudo.
E mais: "Verifica-se ainda que é necessário fazer ajustes em termos de prioridades relativamente às comodidades da casa, às valências da zona envolvente e das condições. Destaca-se a crescente importância de pátios e jardins".
O estudo revela ainda que "há maior apetência para mudar de cidade (19% para 25%), especialmente entre 30-39 anos" e que as "moradias isoladas cativam mais procura (28% para 37%)".
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