Segundo Ana Fernandes, que esteve hoje na sessão de apresentação de resultados da emissão de "Obrigações Verdes Greenvolt 2024-2029", o "documento que a KKR publicou e o anúncio desta vontade de fazer uma oferta pela Greenvolt" tinha algumas condições, incluindo ser "aprovado por várias autoridades da concorrência de vários países em que tanto a Greenvolt como a KKR estão presentes".
O que esta a decorrer neste momento é "a aprovação por estas autoridades", indicou, revelando que a KKR estima que "até ao final do mês de maio tenha do seu lado" as decisões.
Além disso, Ana Fernandes recordou que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu nomear um auditor independente para avaliar o preço oferecido pela KKR, de 8,3 euros por ação, sendo que ainda está a decorrer esta avaliação. A KKR pode decidir retirar a oferta caso não concorde com o preço definido.
A responsável disse que, neste momento, do lado da Greenvolt não já muito a fazer, lembrando que o Conselho de Administração da empresa considerou a oferta "justa".
A Greenvolt anunciou hoje que obteve um financiamento de 100 milhões de euros com as obrigações verdes que lançou, depois de uma procura de 112%.
Questionado sobre a redução do número de investidores desta operação, face a uma semelhante lançada em 2022, o administrador com o pelouro financeiro (CFO) da Greenvolt, Miguel Valente, disse que é preciso "analisar o contexto em que vivemos", que já não é o mesmo.
O CFO reconheceu que o cupão oferecido foi "menos atrativo" dessa vez, mas realçou que continua a ser "muito interessante".
Ana Fernandes, por sua vez, recordou que a empresa, a partir desta quarta-feira, passa a ter duas emissões no mercado secundário, que acabam por concorrer entre si.
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