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Moçambique prepara adesão ao grupo financeiro Africa50

Moçambique iniciou esta semana o processo de adesão ao grupo de mais de 30 Estados africanos acionistas da Africa50, que assegura financiamentos para infraestruturas no continente, anunciou hoje aquela instituição financeira.

Moçambique prepara adesão ao grupo financeiro Africa50
Notícias ao Minuto

09:18 - 13/02/24 por Lusa

Economia Africa50

"Ao aderir ao Africa50, Moçambique beneficiará do acesso a conhecimentos de desenvolvimento e financiamento de projetos de classe mundial, acelerando a implementação do seu programa de infraestruturas, catalisando a participação do setor privado, contribuindo significativamente para estimular o crescimento económico e o desenvolvimento", explicou fonte da instituição.

O Governo moçambicano, através do ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, assinou na segunda-feira, em Maputo, o acordo de subscrição de ações da Africa50, "comprometendo o país a tomar as medidas necessárias para se tornar acionista", refere a instituição.

"Quando o processo de integração estiver concluído", acrescentou a fonte, o número total de acionistas da Africa50 aumentará para 35, composto por 32 países africanos, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e o Banco Al-Maghrib.

O acordo de subscrição de ações assinado por Moçambique segue-se à recente assinatura de um memorando de entendimento com a África50, durante a Cimeira do Clima, realizada em dezembro, no Dubai, para desenvolver quatro projetos no país, incluindo três centrais solares fotovoltaicas de 260 MW, uma das quais será a primeira central solar flutuante (100 MW) do continente.

"À medida que aceleramos o desenvolvimento de infraestruturas críticas para satisfazer as necessidades dos nossos cidadãos, é imperativo encontrar o parceiro certo para desenvolver e catalisar o financiamento para estes projetos e a Africa50 provou ser esse parceiro", afirmou Max Tonela, após a assinatura deste acordo de subscrição.

"Estamos muito satisfeitos por nos juntarmos à Africa50 como acionista e esperamos apoiar a visão de colmatar a lacuna infraestrutural do continente, ao mesmo tempo que trazemos desenvolvimento ao nosso povo", acrescentou o ministro.

Para o diretor-executivo da Africa50, Alain Ebobissé, Moçambique representa "um parceiro importante" no caminho para "colmatar a lacuna de infraestruturas do continente".

"Temos o prazer de já estarmos a trabalhar ativamente com o Governo em projetos transformadores de energia limpa e de transportes. Esperamos apoiar a visão de desenvolvimento de infraestruturas do país através de investimentos privados e parcerias público-privadas", disse ainda Alain Ebobissé.

A Africa50 foi criada pelos governos africanos e pelo Banco Africano de Desenvolvimento para colmatar a lacuna de financiamento de infraestruturas em África, facilitando o desenvolvimento de projetos, mobilizando financiamento e investindo em infraestruturas.

A Eletricidade de Moçambique (EDM) anunciou em 05 de dezembro que vai construir e operar novas centrais solares nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, avançando ainda com uma central solar flutuante na barragem de Chicamba, em Manica.

Em comunicado, a EDM refere que assinou um memorando de entendimento com a Africa50 para "desenvolvimento de projetos de produção e transporte de energias renováveis", no âmbito das iniciativas para "impulsionar a Transição Energética em Moçambique".

A Africa50 "irá cooperar com a EDM no desenvolvimento, financiamento, construção e operação" das centrais solares terrestres de Montepuez, em Cabo Delgado, e Angoche, em Nampula, com a capacidade instalada de 100 MegaWatts (MW) e 60 MW, respetivamente, englobando a componente de armazenamento de energia.

"Os acordos incluem, ainda, o desenvolvimento da primeira central solar flutuante de 100 MW, no reservatório da Central Hidroelétrica de Chicamba, com o objetivo de utilizar as superfícies de água existentes para a produção de energia, poupando, assim, as terras aráveis para fins agrícolas", acrescenta.

Leia Também: Moçambique prevê acesso universal à energia no país até 2030

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