Avanço de energias limpas é "imparável", mas insuficiente para o clima

O diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, destacou hoje o avanço "imparável" das energias limpas, mas alertou que o ritmo para conter as emissões com efeito estufa é insuficiente para a neutralidade carbónica até 2050.

Notícia

© iStock

Lusa
13/02/2024 11:37 ‧ 13/02/2024 por Lusa

Economia

AIE

 

Fatih Birol, que falava na sessão de abertura da reunião ministerial, em Paris, da AIE que comemora o 50º aniversário, sublinhou que a energia limpa está a avançar "mais rápido do que muitas pessoas acreditam".

O responsável da AIE recordou que em 2001 o peso da energia eólica e solar na produção mundial de eletricidade era de 0,25%, quando em três anos o seu peso relativo atingirá os 25%.

"É um crescimento enorme", assinalou, acrescentado que o impulso para a eletricidade renovável, mas também o arranque da venda de veículos elétricos, tem impacto na procura global de combustíveis fósseis, que, segundo os seus cálculos, atingirá o pico antes do final desta década.

O diretor da AIE apelou a que os países evitem abrandar ou suspender as políticas de incentivo às energias limpas, argumentando que perderiam a oportunidade de negócio que está a ser criada.

Para Birol, até 2030 deve haver um aumento massivo de tecnologias limpas, que incluem energia solar e eólica, carros elétricos ou energia nuclear para os países que optarem por isso.

Ainda assim, alertou que mesmo havendo um forte impulso para estas soluções, não será suficiente para alcançar a neutralidade carbónica até meados do século, porque haverá em 2030 tecnologias que atualmente não estão maduras do ponto de vista técnico ou económico.

A reunião do 50º aniversário da agência, que decorre até quarta-feira, é co-presidida pela Irlanda e França e conta com a participação de 31 ministros de países membros e outros parceiros, como Colômbia, Costa Rica, Egipto, Quénia, Senegal, Singapura e Ucrânia.

Entre os convidados especiais estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o enviado para o clima dos Estados Unidos, John Kerry, e a ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson.

Leia Também: Borrell acusado de "fortalecer o Hamas" por apelar à não venda de armas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas