De acordo com a agência de gestão da dívida da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), a falta deste pagamento, que teria de ser realizado até à passada sexta-feira, eleva os pagamentos em atrasos desde julho de 2023 a mais de 480 milhões de euros.
"Cumpre informar que este incidente no pagamento aconteceu num contexto em que o Estado do Níger está sujeito a sanções adotadas na Conferência de Chefes de Estado e de Governo da UEMOA", lê-se num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.
No texto, a agência assinala que "esta situação está a ser seguida com atenção" e em colaboração com as instituições envolvidas no processo de pagamento da dívida deste país africano.
O Níger foi afastado dos mercados financeiros regionais e do banco central regional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da UEMOA no seguimento do golpe militar que derrubou o presidente Mohamed Bazoum.
As sanções foram as mais rigorosas já impostas pelo bloco regional para conter a onda de golpes no Sahel.
No passado dia 28 de janeiro, os governos golpistas do Níger, Mali e Burkina Faso anunciaram a sua saída da CEDEAO e afirmaram que esta organização está "sob influência de potências estrangeiras" e que atraiçoou os seus "princípios fundadores" e que, por isso, tornou-se "numa ameaça para os seus Estados membros".
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