Os trabalhadores da TAP ameaçam recorrer à greve caso as atualizações salariais não cheguem ao bolso dos funcionários em março. Falam em "quebra de confiança" após a falha dos prazos de pagamento da nova grelha salarial e garantem "medidas mais drásticas".
"Não descartamos a greve. Quando chegar o final deste mês e vier a folha de pagamento e as pessoas identificarem que, mais uma vez, não vem lá nada as coisas são inevitáveis", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (SITAVA), Paulo Duarte, ao Dinheiro Vivo.
O sindicalista assegura que existe "uma perda de confiança" na administração da transportadora aérea.
O Notícias ao Minuto já contactou fonte oficial da TAP na tentativa de obter mais esclarecimentos sobre as atualizações salariais e uma reação a esta ameaça de greve, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.
Certo é que a paz social, que levou vários meses de negociações e cedências à equipa do CEO da TAP, Luís Rodrigues, pode estar agora em causa, já que o acordo previa que as atualizações salariais chegariam em fevereiro.
Ainda segundo o Dinheiro Vivo, no dia 21, o CEO da TAP enviou uma comunicação interna aos trabalhadores a explicar a impossibilidade de cumprir os prazos.
A justificação foi que era "humanamente impossível respeitar o calendário" uma vez que as alterações decorrentes dos novos acordos "implicam um processo massivo de parametrização dos sistemas" e de "um número gigantesco, nunca antes visto ou feito, de alterações simultâneas e ajustes complexos aos processamentos salariais".
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