Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,20%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,58% e o alargado S&P500 subiu 0,51%.
"Estávamos prontos para uma subida", comentou Steve Sosnick, analista da Interactive Brokers. "Os investidores procuraram os bons negócios e posicionaram-se depois da queda de ontem [terça-feira]. Mas o entusiasmo foi pouco".
Para Steve Sosnick, esta falta de disposição reflete alguma prudência antes da publicação do relatório mensal sobre o emprego nos EUA.
Em todo o caso, o dia do mercado acionista foi contrastado, incluindo no seio das ditas 'Sete Magníficas', as sete empresas do setor tecnológico que puxam por Wall Street desde há mais de um ano.
Apenas a Meta (+1,20%) e a Nvidia (+3,18%) acabaram em alta, com todos os outros a registarem perdas.
A Tesla foi punida particularmente e recuou 2,32%. Um analista da Morgan Stanley admitiu que tal decorra de uma desilusão com os resultados semestrais do construtor automóvel.
Desilusão esta causada por uma conjuntura degradada, pela emergência de concorrentes chineses e pela subida dos veículos de motorização híbrida, que a Tesla não produz.
Além de procura de bons negócios [ações com preço considerado barato, com cotações consideradas subvalorizadas], a praça nova-iorquina também beneficiou do bom acolhimento dados pelos investidores às declarações do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell.
Durante uma audição na Câmara dos Representantes, Powell indicou que a Fed continua a prever a baixa da sua taxa de juro de referência este ano, o que tranquilizou os investidores.
Para esta tranquilização também contribuíram as notícias que vêm dos indicadores.
Assim, o gabinete ADP anunciou hoje que o setor privado tinha criado 140 mil empregos em fevereiro, abaixo dos 150 mil esperados pelos economistas.
Esta desaceleração da economia foi bem acolhida na bolsa, uma vez que augura uma próxima baixa da taxa de juro pela Fed.
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