Num comunicado hoje divulgado, a Allianz Trade refere que também moderou as projeções a nível global, prevendo para as economias mais desenvolvidas um cenário de crescimento estável em torno de 1,6%, enquanto os mercados emergentes enfrentam uma desaceleração, com um crescimento previsto de aproximadamente 4%, menos 0,3 pontos percentuais do que anteriormente.
No mais recente relatório "Global Economic Outlook 2024-25 Soft landing: It´s a wrap?", a Allianz prevê ainda um crescimento de 1,7% para os Estados Unidos em 2025, depois de uma expansão de 2,4% em 2024, ao mesmo tempo que estima que a zona euro deverá acelerar para 1,5% em 2025, contra 0,7% em 2024.
"Os economistas da Allianz estão cautelosos e destacam a ideia de que os bancos centrais deverão adotar uma postura de flexibilização monetária na segunda metade de 2024", refere o relatório, afirmando que "os analistas acreditam que deverá existir um cenário económico divergente, marcado por uma inflação mais reduzida e que os mercados financeiros vão continuar a ser influenciados por uma variedade de fatores geopolíticos e também de avanços na Inteligência Artificial".
Em relação à inflação em Portugal, as previsões da Allianz Trade sugerem um valor de 2,3% para este ano e 1,9% para 2025, números que ficam próximos da média da zona euro, que deverá registar uma inflação de 5,6% em 2024 e de 2,6% em 2025, encaminhando-se para o objetivo do Banco Central Europeu (BCE), que é uma inflação próxima dos 2%.
No relatório, os especialistas destacam "os desafios significativos para as empresas, com a possibilidade de existirem cortes de custos em alguns serviços".
"A recuperação do comércio mundial poderá ser limitada pelo excesso de 'stock', enquanto as empresas enfrentam pressões de insolvência, especialmente nos Estados Unidos, Espanha e Holanda", lê-se no relatório, que prevê ainda "um aumento de 9% das insolvências das empresas em 2024, com a maior parte desse aumento a ocorrer naqueles três países".
O relatório destaca ainda "a importância da atenção aos movimentos dos bancos centrais, que podem ter implicações significativas nos mercados financeiros globais, e incentiva uma abordagem cautelosa e estratégica por parte dos investidores".
Leia Também: Atividade da indústria transformadora da zona euro volta a cair em março