Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,891%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,844%) e da taxa a 12 meses (3,663%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, avançou hoje para 3,844%, mais 0,022 pontos do que na quarta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também avançou hoje, para 3,663%, mais 0,015 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,891%, mais 0,034 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta vez consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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