"A informação que tem vindo a ser disponibilizada confirmou amplamente a anterior avaliação efetuada pelo Conselho do BCE das perspetivas de inflação a médio prazo. A inflação continuou a descer, impulsionada pela menor inflação dos preços dos produtos alimentares e dos bens", revela o BCE, em comunicado.
O BCE considera que a "maioria das medidas da inflação subjacente está a abrandar, o crescimento salarial regista uma moderação gradual e as empresas estão a absorver, nos respetivos lucros, parte do aumento dos custos do trabalho".
A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 4,50%, 4,75% e 4,00%, respetivamente.
Depois de aumentar as taxas diretoras para o nível histórico mais elevado, o BCE está a marcar uma pausa neste ciclo sem precedentes de aperto monetário que o levou a aumentar as taxas dez vezes desde meados de 2022.
Pela quinta vez consecutiva, o BCE mantém as taxas inalteradas, num contexto de crises múltiplas, com destaque para os preços da energia menos previsíveis no contexto da guerra entre Israel e o Hamas e a crise no Mar Vermelho, que também está a aumentar os custos dos transportes.
Os banqueiros centrais que são membros do BCE foram claros nas mais recentes declarações, nomeadamente durante o fórum de Davos da semana passada: são baixas as probabilidades de a instituição de Frankfurt relaxar a política monetária antes do Verão.
Este é o horizonte mencionado pela presidente do BCE, Christine Lagarde, que considerou "prováveis" cortes nas taxas durante este período, ao mesmo tempo que insistiu na importância dos "dados" futuros, sobre a evolução dos preços ou dos salários.
[Notícia atualizada às 13h18]
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