"A nossa economia demonstrou uma boa capacidade, de forma quase transversal, de recuperar e o Absa destacou-se, uma vez mais, pela sustentabilidade e viabilidade do seu modelo de negócio e a sua capacidade de gerir riscos em contextos desafiantes, conduzindo a resultados anuais sólidos", reconhece Luísa Diogo, presidente do conselho de administração, na mensagem que consta do relatório, consultado hoje pela Lusa.
"O nosso forte desempenho no ano fiscal de 2023 incentiva-nos a acreditar que estamos no bom caminho para atingir os nossos objetivos estratégicos", acrescenta.
O capital social do Absa Bank Moçambique é detido em 98,68% pelo grupo sul-africano Absa, sendo os restantes 1,32% controlados por acionistas minoritários, como colaboradores e outros.
Os lucros de 2023 do Absa em Moçambique comparam com resultados líquidos também positivos de 1.022 milhões de meticais (14,9 milhões de euros) em 2022 e de 633,8 milhões de meticais (9,2 milhões de euros) em 2021.
Em 31 de dezembro, o Absa Bank Moçambique apresentava um ativo total de 76.912 milhões de meticais (1.125 milhões de euros), que cresceu 16,4% num ano, enquanto o crédito total concedido caiu 3,7%, para 25.843 milhões de meticais (376,7 milhões de euros), e os depósitos cresceram 5%, para 55.198 milhões de meticais (804,7 milhões de euros).
Com 48 agências e 714 trabalhadores, o Absa fechou 2023 com uma quota de mercado de 9,6% no crédito a clientes, 8,8% em depósitos e 8,4% em ativos totais da banca moçambicana.
O produto bancário do Absa cresceu 16,2% em 2023, para 7.793 milhões de meticais (113,6 milhões de euros), e o banco tinha 7,4% do crédito total concedido em situação de incumprimento em 31 de dezembro último.
O Absa refere que cumpriu em 2023, por "margem significativa", os requisitos mínimos exigidos pelo Banco de Moçambique, apresentando um rácio de liquidez de 33,9% e um rácio de solvabilidade de 20%, acima dos mínimos regulamentares de 25% e 13%, respetivamente.
O Absa é um dos maiores grupos de serviços financeiros de África, com cerca de 38.000 colaboradores, e está presente em 12 países africanos, sendo cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo.
O grupo inclui operações no Botsuana, Gana, Quénia, Ilhas Maurícias, Moçambique, Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Uganda e Zâmbia, além de escritórios na Namíbia e na Nigéria, bem como presença internacional em Londres e em Nova Iorque.
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