Lucros do BNU em Macau crescem 33,2% no primeiro trimestre deste ano

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau anunciou hoje lucros de 163,2 milhões de patacas (18,8 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, um aumento homólogo de 33,4%, sobretudo graças à subida dos juros.

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Lusa
08/05/2024 06:53 ‧ 08/05/2024 por Lusa

Economia

Macau

O aumento dos lucros foi "sustentado por um aumento de 7,1% na receita líquida de juros, totalizando 17,5 milhões de patacas [2,02 milhões de euros], (...) principalmente devido ao aumento das taxas de juro", indicou o banco, em comunicado.

A Autoridade Monetária de Macau aprovou três aumentos da principal taxa de juro de referência no ano passado, a última das quais uma subida de 0,25 pontos percentuais, introduzida em maio, seguindo a Reserva Federal norte-americana.

O BNU disse ainda que os lucros das operações financeiras aumentaram em 17,8 milhões de patacas (2,05 milhões de euros), sobretudo "devido à ausência de uma perda única resultante da alienação de investimentos financeiros" no primeiro trimestre de 2023.

O banco indicou ainda que sofreu perdas de 1,3 milhões de patacas (cerca de 150 mil euros) com crédito malparado e aplicações financeiras entre janeiro e março, menos 92,9% do que em igual período de 2023.

Ainda assim, o BNU garantiu que "mantém-se empenhado em monitorizar a qualidade do crédito e em providenciar proteções adequadas para potenciais perdas, conforme necessário, a fim de manter a estabilidade da sua posição financeira".

No final de março, os bancos de Macau tinham acumulado empréstimos vencidos no valor de 45,4 mil milhões de patacas (5,25 mil milhões de euros), um máximo histórico e mais 111,3% do que em igual mês do ano passado.

O BNU referiu que mantém "um rácio de solvência robusto de 23,9% (...), bem acima do requisito regulatório mínimo de 8%", assim como "níveis de liquidez adequados", e garantir estar preparado "para enfrentar os desafios do atual ambiente económico".

O produto interno bruto (PIB) de Macau cresceu 80,5% em 2023, depois de dois anos consecutivos em queda, na sequência do fim da política de restrições impostas pela pandemia da covid-19 e a retoma do turismo.

Ainda assim, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos sublinhou que a economia da região administrativa especial chinesa ainda só representa cerca de 80% dos níveis registados antes da pandemia.

O BNU disse que as despesas operacionais cresceram em 6,3 milhões de patacas (cerca de 727 mil euros), em comparação com o primeiro trimestre de 2023, sobretudo devido ao "aumento dos gastos com a digitalização", pessoal e publicidade.

O banco tinha apresentado lucros de 587,3 milhões de patacas (cerca de 68 milhões de euros) no ano passado, um aumento de 82,4%.

O BNU tem sede em Macau e pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), sendo, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda na região administrativa especial da China.

[Notícia atualizada às 08h55 de 10 de maio]

Leia Também: Crédito bancário malparado duplica em Macau nos últimos 12 meses

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