"Em Portugal, o índice de preços na produção industrial atingiu uma variação homóloga de -0,8% em abril (-1,5% em março), apresentando uma taxa negativa pelo décimo segundo mês consecutivo. O agrupamento de Energia registou uma taxa de 0,9%, após ter apresentado 0,2% no mês antecedente. Excluindo a componente energética, este índice atingiu uma variação homóloga de -1,2% (-1,8% no mês anterior), enquanto o índice relativo aos bens de consumo apresentou um crescimento homólogo de 2,7% em abril (2,6% em março), interrompendo o perfil de desaceleração observado desde o início de 2023", pode ler-se no relatório do INE.
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,2% em abril, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens continuaram a registar variações negativas, -2,3% nas exportações e -3,1% nas importações (-3,9% e -6,0%, respetivamente, em fevereiro).
Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos de 2,2% nas exportações e de 3,5% nas importações (-2,9% e -5,6% em fevereiro).
Os indicadores de curto prazo, disponíveis para março, revelam uma desaceleração em volume na construção e nominal nos serviços e para uma aceleração em volume na indústria.
Em termos nominais, o volume de negócios na indústria apresentou uma diminuição mais intensa, refletindo essencialmente um efeito de dias úteis (março de 2024 teve menos três dias úteis que o mesmo mês de 2023).
O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em abril, após ter aumentado no mês anterior. Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica aumentou em termos homólogos entre setembro e março, menos intensamente no último mês, após ter diminuído em agosto. O indicador de investimento diminuiu, em termos homólogos, em fevereiro e março, tendo o indicador de consumo privado desacelerado.
De acordo com o Inquérito ao Emprego, no 1º trimestre de 2024, a taxa de desemprego foi de 6,8%, mais 0,2 p.p. que a taxa observada no trimestre anterior (7,2% no 1º trimestre de 2023). O número de desempregados diminuiu 3,4% em termos homólogos (variação homóloga de 3,0% no trimestre anterior). A taxa de subutilização do trabalho foi superior em 0,1 p.p. à do 4º trimestre de 2023, fixando-se em 11,7%.
O emprego total aumentou 1,8% em termos homólogos (variação homóloga de 1,6% no 4º trimestre). O volume de horas efetivamente trabalhadas apresentou uma diminuição homóloga de 2,8% (variação de 0,3% no trimestre anterior).
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