Lucro do Crédito Agrícola sobe 19,2% para 114,3 milhões no 1.º trimestre

O lucro do Crédito Agrícola aumentou 19,2%, para 114,3 milhões de euros, no primeiro trimestre face ao período homólogo de 2023, impulsionado pelo aumento de 33,7% da margem financeira, anunciou hoje o grupo bancário.

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Lusa
23/05/2024 11:58 ‧ 23/05/2024 por Lusa

Economia

Crédito Agrícola

Num comunicado sobre os resultados não auditados acumulados em março de 2024, o Crédito Agrícola refere que a margem financeira (diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) foi de 205,2 milhões de euros de janeiro a março, mais 51,8 milhões de euros face aos primeiros três meses de 2023.

Em sentido contrário, registou-se uma variação negativa do resultado das operações financeiras em 9,2 milhões de euros, para 2,8 milhões de euros negativos, face a um resultado positivo de 6,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado, assim como a uma deterioração dos outros resultados, que foram negativos em 600 mil euros, face a 4,8 milhões de euros no período homólogo (variação homóloga de -5,4 milhões de euros).

A penalizar o resultado líquido de janeiro a março o grupo Crédito Agrícola diz ainda ter estado o crescimento dos custos de estrutura em 4,8%, para 106,4 milhões de euros (+4,9 milhões de euros face ao período homólogo), o reforço de imparidades e provisões para cinco milhões de euros (+2,2 milhões de euros em termos homólogos) e o acréscimo de 20,1% dos impostos, que ascenderam a 32,3 milhões de euros no primeiro trimestre.

As seguradoras do grupo CA representaram um contributo para o resultado líquido consolidado de 4,3 milhões de euros -- a CA Seguros apresentou um resultado líquido de 3,5 milhões de euros e a CA Vida de 0,8 milhões de euros --, o que traduz um crescimento homólogo de 9,6%.

Até março, o produto bancário 'core' cifrou-se em 264,6 milhões de euros, um crescimento homólogo de 23,3% (+50,1 milhões de euros), e a rendibilidade dos capitais próprios do Crédito Agrícola fixou-se nos 18,3%.

A carteira de crédito a clientes (bruto) aumentou 49,8 milhões de euros face a dezembro de 2023 (+0,4%), para 12.108 milhões de euros, em linha com a tendência do mercado, estabilizando a quota de mercado do Crédito Agrícola nos 5,79%.

Já os depósitos de clientes ascenderam a 20.373 milhões de euros no final de março, mais 1,8% face a 20.004 milhões de euros no final de 2023, atingindo a quota de mercado do Crédito Agrícola os 8,03%, mais 0,01 pontos percentuais face a dezembro.

A taxa média do crédito a clientes aumentou 2,04 pontos percentuais, para 5,70%, tendo sido "atenuada parcialmente" pelo acréscimo de 0,85 pontos percentuais na taxa média dos depósitos de clientes, para 0,89%, justificado em parte pela redução do peso dos depósitos à ordem (não remunerados) no total dos depósitos de clientes e pelo aumento da taxa média de novos depósitos a prazo.

Quanto às comissões líquidas, atingiram os 38,0 milhões de euros no primeiro trimestre, um decréscimo homólogo 800 mil euros (-2,2%) justificado pela suspensão da cobrança de comissões ao abrigo das medidas aplicáveis ao crédito à habitação até final de 2024 e pelo não agravamento do preçário.

Em termos absolutos, a carteira de NPL ('non performing loans' ou crédito malparado) registou um acréscimo de 12,9 milhões de euros (+1,8%) face ao final de 2023, para 741,8 milhões de euros, e o rácio bruto de NPL situou-se em 6,4%, um agravamento de 0,2 pontos percentuais.

As imparidades de crédito acumuladas ascendiam a 391,7 milhões de euros no final de março, resultando numa cobertura de NPL por imparidades de crédito de 52,8%.

A 31 de março de 2024, os rácios do grupo Crédito Agrícola CET1 e fundos próprios totais ascendiam a 22,8% (incluindo resultado líquido do período), o rácio de alavancagem era de 9,6% (incluindo resultado líquido do período), o rácio de cobertura de liquidez (LCR) atingia 674,4% e o rácio de financiamento estável (NSFR) os 173,8%.

O ativo total do grupo Crédito Agrícola cifrou-se no final do primeiro trimestre nos 25.600 milhões de euros, mais 298,2 milhões de euros face a dezembro de 2023, sendo que, do total de ativo, cerca de 12.108 milhões de euros correspondem à carteira de crédito (bruto) a clientes, mais 0,4% do que no final de 2023.

Citado no comunicado, o presidente do grupo CA, Licínio Pina, destaca que a instituição "tem vindo a solidificar a sua robustez financeira ano após ano", em resultado da "boa performance financeira do banco, dos seguros vida e não vida e a gestão de ativos".

Salientando ainda "o compromisso de proporcionar estabilidade e segurança aos colaboradores", Licínio Pina nota que os custos com pessoal aumentaram 5,4% face ao período homólogo, "essencialmente devido ao crescimento do número de colaboradores do grupo, que se situou nos 4,4%, e também à atualização salarial de 4,6% ocorrida em 2023".

[Notícia atualizada às 12h39]

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