Ataques de rebeldes do Iémen encarecem transporte Ásia-Europa

As taxas de frete entre a Ásia e a Europa dispararam em maio com a intensificação dos ataques dos rebeldes Hutis iemenitas a navios no Mar Vermelho, atingindo os níveis mais elevados em algumas rotas.

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© CFOTO/Future Publishing via Getty Images

Lusa
30/05/2024 14:19 ‧ 30/05/2024 por Lusa

Economia

Israel/Palestina

Segundo dados do World Container Index (WCI), na rota entre Xangai (China) e Roterdão (Países Baixos), o custo de um contentor de 40 pés era hoje de 5.270 dólares (mais de 4.800 euros, ao câmbio atual).

Trata-se do preço mais elevado desde setembro de 2022, segundo os dados citados pela agência financeira Bloomberg.

O preço na rota Xangai-Roterdão subiu 5,4% na última semana, mas acumula um aumento de 70% em maio.

Nesta rota, as taxas de frete subiram 19,5% na primeira semana de maio, 12,5% na segunda, 19,8% na terceira e 5,4% na semana atual.

O custo do transporte de um contentor de 40 pés de Xangai para Génova (Itália) também aumentou acentuadamente em maio, em mais de 50%.

O preço atingiu 5.693 dólares (mais de 5.250 euros), o valor mais elevado desde o início de fevereiro.

Nesta rota, as tarifas de frete aumentaram 15,5% na primeira semana de maio, 11,2% na segunda, 15% na terceira e 3,6% na semana em curso.

O aumento dos preços nas rotas entre a China e a Europa teve um impacto na evolução dos indicadores globais, segundo os dados também divulgados pela agência espanhola EFE.

O WCI global subiu 55% em maio, para cerca de 4.226 dólares (mais de 3.900 euros).

Os huthis do Iémen lançaram em meados de novembro de 2023 ataques contra navios no Mar Vermelho para prejudicar economicamente Israel, em resposta à guerra ma Faixa de Gaza.

Estas ações causaram graves perturbações no comércio marítimo mundial, o que levou os Estados Unidos e o Reino Unido a intervir militarmente no Iémen, com a ajuda de outros países da região.

Os rebeldes do grupo xiita apoiado pelo Irão, que controlam vastas áreas do Iémen central e ocidental, anunciaram recentemente a expansão das operações no Oceano Índico.

As ações dos rebeldes obrigaram muitos armadores a suspender a passagem pelas rotas marítimas do Mar Vermelho.

Antes da guerra entre Israel e o Hamas, entre 12% e 15% do tráfego mundial passava pela rota do Mar Vermelho, de acordo com a União Europeia.

Em guerra há mais de uma década, o Iémen é considerado o país mais pobre da Península Arábica.

Leia Também: EUA neutralizam armamento e ataques de rebeldes do Iémen

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