"A fusão entre o UBS e o Credit Suisse não impedirá a concorrência efetiva em qualquer segmento do mercado", declarou o Finma em comunicado.
No entanto, a Autoridade da Concorrência afirmou que vai continuar a monitorizar a integração.
A compra do segundo maior banco suíço (Credit Suisse) pelo primeiro (UBS) criou um novo gigante bancário, o segundo maior da Europa em valor de mercado, o que, segundo alguns especialistas, contactados pela AFP, lhe confere uma posição dominante em diversas áreas como o negócio de empréstimos locais.
A Autoridade da Concorrência suíça (Comco) apresentou hoje um relatório, elaborado em setembro, mas cujo conteúdo não foi divulgado, que é mais crítico em relação à operação de aquisição, que foi realizada a pedido do Governo suíço para salvar o Credit Suisse da falência.
O relatório está de acordo o Finma no que respeita à necessidade de continuar a assegurar a concorrência no setor bancário, embora tenha registado queixas de alguns clientes sobre o aumento dos preços de alguns serviços.
No final de maio, o grupo financeiro UBS concluiu a fusão histórica com o seu antigo rival Credit Suisse, que deixou de existir, marcando um novo capítulo no setor financeiro suíço.
O fim do grupo Credit Suisse, como uma entidade legal separada, encerra a história de um banco que desempenhou um papel central na história e no desenvolvimento da Suíça.
Fundado por Alfred Escher em 05 de julho de 1856, com o nome alemão de Schweizerische Kreditanstalt para financiar a construção da rede ferroviária do país, o banco tornou-se mais tarde numa potência que simbolizava o papel da Suíça como centro financeiro mundial.
O Credit Suisse tentou adaptar-se a um cenário bancário que se alterou após a crise financeira de 2008, mas mergulhou numa crise mais profunda nos últimos anos, tendo sido afetado por uma série de escândalos e questões judiciais.
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