"Temos a consciência de que os problemas são muitos e os salários são baixos. Continuamos a viver uma política de baixos salários. É fundamental que os salários médios não sejam mínimos e, muitas vezes, abaixo disto", afirmou Lucinda Dâmaso, na conferência "O presente e o futuro da concertação social", organizada pela comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.
A central sindical defendeu que o presente da concertação social "é de grande responsabilidade" e que o seu futuro tem de começar a ser tratado já.
Para Lucinda Dâmaso, a concertação social tem de ser "mais forte e interventiva", enquanto pilar da democracia.
A líder da UGT recordou também os "grandes homens e mulheres" que, desde o início, fizeram da concertação social um fórum de debate, destacando o professor João Proença.
"Desde a sua génese, houve sempre grandes debates, muitas soluções e desencontros [...] e muitos consensos realizados num clima de paz social", notou.
No presente, conforme assinalou, a concertação continua a ser, um fórum com autonomia, que promove o diálogo em compromisso com os parceiros sociais.
A presidente da UGT disse ainda que os acordos da concertação social não são "juridicamente vinculativos", mas têm sido fulcrais para o encontro de soluções.
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