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Têxtil, vestuário, calçado e curtumes reclamam maior intervenção da UE

As principais instituições europeias dos setores têxtil, vestuário, calçado e curtumes apelam aos "novos decisores políticos" da União Europeia (UE) que "salvaguardem a indústria e o emprego", alertando para a "concorrência global feroz" e envelhecimento dos trabalhadores que enfrentam.

Têxtil, vestuário, calçado e curtumes reclamam maior intervenção da UE
Notícias ao Minuto

17:05 - 01/07/24 por Lusa

Economia União Europeia

"Os parceiros sociais, representados no caso do setor do calçado pela CEC (Confederação da Indústria Europeia, da qual a APICCAPS faz parte), e signatários da Declaração de Antuérpia para um Acordo Industrial Europeu, reivindicam um maior compromisso europeu capaz de assegurar um emprego de qualidade", divulgou hoje a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

Em comunicado, a CEC, a Confederação da Indústria de Curtumes (Cotance), a Euratex (que representa a fileira têxtil) e a industriAll Europe lembram que os setores têxtil, vestuário, calçado e curtumes (TCLF) representam na Europa 1,5 milhões de postos de trabalho (1,3 milhões no têxtil e vestuário, 222.000 no calçado e 34.000 nos curtumes) e apresentam um volume de negócios combinado superior a 200.000 milhões de euros (170.000 milhões no têxtil e vestuário, 23.200 milhões no calçado e 7,3 milhões nos curtumes).

Contudo, "continuam a enfrentar uma série de desafios, incluindo uma concorrência global feroz, preços elevados da energia, uma força de trabalho envelhecida e um enorme aumento de nova legislação".

Salientando que estes são desafios "especialmente difíceis porque mais de 99% das empresas destes setores são PME [pequenas e médias empresas]", os parceiros sociais europeus apelam "a um maior foco e compromisso no próximo mandato da UE para garantir que os setores TCLF possam tornar-se verdes e digitais, mantendo-se simultaneamente competitivos no mercado global e que nenhuma região, empresa ou trabalhador seja deixado para trás".

O objetivo é "garantir uma transição justa para as indústrias e força de trabalho" daqueles setores, que "estão sob pressão para enfrentar as transições ecológica e digital, ao mesmo tempo que competem num mercado global feroz e enfrentam uma diminuição do consumo".

Notando que "a escala da política industrial e os subsídios estatais perturbadores noutros países, em particular nos EUA e na China, aumentaram dramaticamente a desvantagem competitiva europeia para esses países", os industriais europeus defendem que "a UE deve desenvolver uma estratégia industrial robusta que conduza à retenção e à criação de empregos industriais de qualidade em todos os países".

"Uma política industrial não deve consistir apenas em apoiar investidores em 'tecnologias limpas', mas também em apoiar a transformação dos ativos industriais existentes nas indústrias fundadoras, que são partes essenciais das cadeias de valor estratégicas", destacam.

A outro nível, recordam que a transformação verde e digital "nunca foi tão desafiadora, tanto para as empresas, como para os trabalhadores", pelo que importa assegurar "um quadro de transição justa que garanta a antecipação e a gestão eficazes do emprego e das competências" e "proporcione segurança às empresas e aos trabalhadores que enfrentam estas transições industriais", através de um "envolvimento forte e estável dos parceiros sociais".

Sendo a disponibilidade de recursos financeiros "necessária para estimular o investimento industrial em tecnologias e métodos de produção ecológicos e digitais inovadores na Europa", a CEC, Cotance, Euratex e industriAll Europe defendem "critérios rigorosos de acesso aos fundos" europeus, que "promovam uma transformação justa" das indústrias dos setores TCLF, "centrando-se na coesão social, no emprego de qualidade e na promoção do diálogo social".

Propõem ainda que "as políticas de requalificação e melhoria de competências sejam colocadas no centro de um Acordo Industrial Europeu renovado" e reclamam um "diálogo social forte" e um "ambiente regulatório sensato, estável e coerente".

Leia Também: Economia desacelera com menor contributo da procura externa líquida

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