Os números finais da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones avançou 0,62%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,63% e o alargado S&P500 progrediu 0,55%.
"Parece que a retração de ontem [quinta-feira] não teve dia seguinte", constatou Adam Sarhan, de 50 Park Investments, adiantando: "Isso não desencadeou qualquer movimento vendedor".
Os investidores minimizaram a publicação do índice de preços na produção, apesar de indicar uma subida de 0,2%, em termos mensais face a maio, quando os economistas esperavam 0,1%.
Chris Low, da FHN Financial, realçou que o essencial desta subida esteve ligado aos serviços comerciais, uma categoria volátil e pouco representativa do conjunto da economia.
Para Adam Sarhan, este indicador não foi suficiente para contrariar a boa surpresa do índice de preços no consumidor, conhecido na quinta-feira.
Os investidores também ignoraram o inquérito da Universidade do Michigan sobre a confiança dos consumidores. Este índice caiu para 66 pontos, o seu mínimo desde novembro, abaixo dos 68,2 que os economistas previam.
"Apesar de esperarem um arrefecimento da inflação, os consumidores exprimem com força a sua frustração com a sua persistência", apontaram os autores do inquérito.
"Estes números tinham um ar horrível", comentou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, "mas os investidores estão com disposição para se adaptar. Se a economia vai bem, é boa para os resultados. Se a economia vai mal, também é uma coisa boa, porque vai sem dúvida levar à baixa da taxa de juro".
Já do lado dos resultados, os três maiores bancos divulgaram números acima das expectativas, mas fecharam todos em perda. O Citigroup (-1,81%) e o JPMorgan Chase (-1,21%) apresentaram um crescimento importante do crédito malparado. E este, mais o Wells Fargo (-6,02%), subiu as previsões de custos operacionais no conjunto do exercício.
"Não basta superar as expectativas. É preciso fazer um pouco melhor", sintetizou Steve Sosnick.
Ma, não obstante, os operadores mantiveram-se agressivos no sentido da compra.
Steve Sosnick insistiu no bom momento do Dow Jones, mas sobretudo do Russell 2000, índice que junta duas mil pequenas e médias empresas, que acabou hoje no máximo do ano, depois de um primeiro semestre em que foi ignorado.
Este sinal de alargamento do movimento de compra em Wall Street tranquiliza os investidores, que se estavam a inquietar de ver os ganhos bolsistas reduzidos, até agora, a um grupo de empresas tecnológicas.
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