Economia portuguesa cresce entre 1,7% e 2,2% no segundo trimestre

A economia portuguesa deverá ter crescido entre 1,7% e 2,2% no segundo trimestre, uma aceleração face ao mesmo período do ano passado, de acordo com as estimativas dos economistas.

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Lusa
29/07/2024 14:22 ‧ 29/07/2024 por Lusa

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Já no que diz respeito à evolução trimestral, os analistas perspetivam um abrandamento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para entre 0,3% e 0,8%.

 

A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para os dados do PIB no segundo trimestre será conhecida esta terça-feira. No primeiro trimestre do ano, a economia portuguesa cresceu 1,5% em termos homólogos e 0,8% em cadeia.

O barómetro CIP/ISEG prevê para o segundo trimestre um crescimento do PIB, em cadeia, entre 0,3% e 0,5%. "Esta evolução corresponde a um crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%, superior ao valor de 1,5% registado no primeiro trimestre", explica a nota de análise, baseando-se no contributo positivo da procura interna, com o consumo interno a abrandar, mas com o investimento a recuperar da queda em cadeia observada no início do ano.

"Já o contributo da procura externa líquida é mais incerto, com melhores perspetivas para o comércio internacional de bens do que para o saldo da balança turística, que dificilmente repetirá o nível dos ganhos registados no primeiro trimestre", explica também.

O Fórum para a Competitividade, por sua vez, estima que tenha havido uma "ligeira desaceleração" da economia em cadeia no segundo trimestre deste ano, alertando para "riscos orçamentais e políticos" no segundo semestre, segundo uma nota de análise.

"O Fórum para a Competitividade estima que terá havido uma ligeira desaceleração da economia portuguesa no 2.º trimestre, de 0,8% para entre 0,5% e 0,8% em cadeia e de 1,5% para entre 1,9% e 2,2% em termos homólogos", destacou, no mesmo documento.

Já o Católica Lisbon Forecasting Lab (NECEP) projeta que no segundo trimestre de 2024, a economia portuguesa deverá ter crescido 0,3% em cadeia, o que corresponderia a um crescimento de 1,7% em termos homólogos.

A área de estudos económicos do BCP também perspetiva uma aceleração da taxa de crescimento do PIB em termos homólogos, de 1,5% para 1,9%, segundo a mais recente nota de conjuntura.

A equipa do banco prevê ainda que se vai verificar "uma variação em cadeia de 0,5%, o que representa uma ligeira desaceleração em relação ao crescimento de 0,8% observado nos três primeiros meses do ano".

"A expansão da atividade económica deverá ter continuado a beneficiar do dinamismo do consumo privado, suportado pelo aumento do rendimento real disponível das famílias, na sequência da descida da taxa de inflação, da redução das taxas de juro, e da robustez do mercado de trabalho", lê-se na nota.

Além disso, "o investimento deverá ter recuperado, após a forte queda registada no trimestre anterior, beneficiando da redução dos custos de financiamento e da implementação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência", consideram os economistas.

O BPI research destaca ainda, no boletim "Pulso Económico", que "os indicadores sintéticos de atividade e de sentimento apontam para moderação no final do segundo trimestre", mas o "consumo continua robusto".

Leia Também: Atividade na reabilitação urbana cai 0,6% em junho

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