Já no que diz respeito à evolução trimestral, os analistas perspetivam um abrandamento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para entre 0,3% e 0,8%.
A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para os dados do PIB no segundo trimestre será conhecida esta terça-feira. No primeiro trimestre do ano, a economia portuguesa cresceu 1,5% em termos homólogos e 0,8% em cadeia.
O barómetro CIP/ISEG prevê para o segundo trimestre um crescimento do PIB, em cadeia, entre 0,3% e 0,5%. "Esta evolução corresponde a um crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%, superior ao valor de 1,5% registado no primeiro trimestre", explica a nota de análise, baseando-se no contributo positivo da procura interna, com o consumo interno a abrandar, mas com o investimento a recuperar da queda em cadeia observada no início do ano.
"Já o contributo da procura externa líquida é mais incerto, com melhores perspetivas para o comércio internacional de bens do que para o saldo da balança turística, que dificilmente repetirá o nível dos ganhos registados no primeiro trimestre", explica também.
O Fórum para a Competitividade, por sua vez, estima que tenha havido uma "ligeira desaceleração" da economia em cadeia no segundo trimestre deste ano, alertando para "riscos orçamentais e políticos" no segundo semestre, segundo uma nota de análise.
"O Fórum para a Competitividade estima que terá havido uma ligeira desaceleração da economia portuguesa no 2.º trimestre, de 0,8% para entre 0,5% e 0,8% em cadeia e de 1,5% para entre 1,9% e 2,2% em termos homólogos", destacou, no mesmo documento.
Já o Católica Lisbon Forecasting Lab (NECEP) projeta que no segundo trimestre de 2024, a economia portuguesa deverá ter crescido 0,3% em cadeia, o que corresponderia a um crescimento de 1,7% em termos homólogos.
A área de estudos económicos do BCP também perspetiva uma aceleração da taxa de crescimento do PIB em termos homólogos, de 1,5% para 1,9%, segundo a mais recente nota de conjuntura.
A equipa do banco prevê ainda que se vai verificar "uma variação em cadeia de 0,5%, o que representa uma ligeira desaceleração em relação ao crescimento de 0,8% observado nos três primeiros meses do ano".
"A expansão da atividade económica deverá ter continuado a beneficiar do dinamismo do consumo privado, suportado pelo aumento do rendimento real disponível das famílias, na sequência da descida da taxa de inflação, da redução das taxas de juro, e da robustez do mercado de trabalho", lê-se na nota.
Além disso, "o investimento deverá ter recuperado, após a forte queda registada no trimestre anterior, beneficiando da redução dos custos de financiamento e da implementação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência", consideram os economistas.
O BPI research destaca ainda, no boletim "Pulso Económico", que "os indicadores sintéticos de atividade e de sentimento apontam para moderação no final do segundo trimestre", mas o "consumo continua robusto".
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