Wall Street cai após relatório sobre o emprego

A bolsa de Nova Iorque iniciou hoje a sessão em baixa, após a publicação de um relatório sobre o mercado laboral norte-americano que suscita preocupações quanto ao risco de uma desaceleração económica mais acentuada.

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Lusa
02/08/2024 15:55 ‧ 02/08/2024 por Lusa

Economia

Wall Street

Às 15h00 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones descia 1,08% para 39.912,41 pontos e o índice alargado S&P 500 baixava 1,48% para 5.367,79 pontos.

 

O índice Nasdaq, dominado por tecnológicas, registava uma queda mais pronunciada de 2,37% para 16.790,96 pontos, com a Intel a perder 28% após ter anunciado que vai eliminar 15.000 empregos para reduzir os custos em 10.000 milhões de dólares.

Pouco antes da abertura do mercado, foi anunciado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu em julho duas décimas, para 4,3%, o nível mais alto desde outubro de 2021, sinal de um abrandamento da maior economia mundial.

Em junho, a taxa de desemprego estava em 4,1% e o abrandamento do mercado laboral foi maior do que era esperado, tendo sido criados 114.000 empregos, contra 179.000 no mês anterior, segundo números revistos em baixa.

Os analistas esperavam que a taxa de desemprego ficasse inalterada e que fossem criados 185.000 postos de trabalho.

Após três anos de escassez de mão-de-obra que levou os empregadores a aumentar os salários para atrair e reter trabalhadores, alimentando a subida da inflação, a situação está a reequilibrar-se.

Esta semana, o banco central norte-americano indicou que está tão preocupado com uma possível subida do desemprego, como com a inflação.

Para lutar contra a elevada taxa de inflação, a Reserva Federal (Fed) mantém desde há um ano as taxas nos níveis mais altos desde 2001, entre 5,25% e 5,50% e deixou-as inalteradas na passada quarta-feira.

Agora surgem receios sobre se a demora do banco central em cortar os juros não levará a uma desaceleração da economia mais acentuada.

O rendimento das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos descia para 3,83%, o mais baixo em mais de um ano, contra 3,93% na quinta-feira e 4,15% no início da semana. Os juros das obrigações a dois anos baixavam para 3,94% contra 4,14% na véspera.

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