A ação de protesto, que começou às 22h00 de terça-feira e termina à mesma hora de hoje, é convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).
"Nesta altura, a greve é superior a 90%, sensivelmente igual à última greve realizada. Não há serviços mínimos em relação à circulação de autocarros e elétricos. Há é alguns poucos trabalhadores que entenderam não aderir à greve", disse à Lusa Manuel Leal, do STRUP, referindo que os profissionais irão realizar um plenário às 11h00 de hoje.
Na origem da paralisação está, além da evolução para um horário semanal de 35 horas (já com a inclusão dos temps de deslocação) e de um aumento no subsídio de refeição, um pedido de aumento da tabela salarial de 100 euros.
"Avançámos para a greve essencialmente porque não houve respostas positivas durante este processo [de negociações] às revindicações formuladas e que foram enviadas ao conselho de administração e ao executivo da Câmara Municipal de Lisboa. Este último nem sequer se dignou a encontrar espaço na agenda do senhor presidente para receber a Fectrans e o STRUP", contou Manuel Leal.
De acordo com Manuel Leal, as reuniões com a administração não produziram quaisquer resultados positivos quanto às revindicações.
"A greve resulta desta falta de respostas. Por isso estamos com uma adesão fortíssima a esta paralisação decidida no último plenário realizado pelos trabalhadores", disse.
A greve não é acompanhada por outras estruturas sindicais da Carris - o Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores (SNMOT), o Sitra - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes e o Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços.
Estes sindicatos assinaram um acordo com a administração no qual aceitaram uma proposta de aumento de 60 euros na tabela salarial, acrescido de cerca de 13 euros por mês do subsídio de refeição (as estruturas que convocaram a greve pedem 15 euros neste caso).
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